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Se eu mandasse nisto

Se o mundo anda ao contrário, se as pessoas andam com as ideias trocadas, se as prioridades andam invertidas, se os deuses andam loucos, haja alguém para mandar nisto, por favor.

Se o mundo anda ao contrário, se as pessoas andam com as ideias trocadas, se as prioridades andam invertidas, se os deuses andam loucos, haja alguém para mandar nisto, por favor.

Se eu mandasse nisto

30
Nov17

Mentir é feio Zé Pedro.

Eu

Eu acreditava em ti, Zé Pedro. E acreditei, pela ultima vez, no dia em que disseste que ias para mais uma batalha, mas que ias lutar. E acreditei que ias sair de mais essa vitorioso. 

E hoje, tu passaste-me a perna e foste embora. E não lutaste mais. E não venceste. 

E eu acreditava em ti por isso, desta vez, não te desculpo. Porque mentir é feio. Muito feio. 

 

E sabes porque é que não te desculpo?Porque ainda havia muito para compor. Porque ainda tinhas muito que tocar. Porque eu ainda te queria ouvir falar de música muitas vezes. Porque ainda queria ir a muitos concertos dos Xutos. 

Por isso, meu caro Zé Pedro, não há volta a dar. Isso que tu fizeste, não se faz. 

 

Agradeço-te, mas não te desculpo. 

 

Obrigado Zé Pedro. 

 

Se Eu Mandasse Nisto...

....os que ainda tinham alguma coisa para dar, eram obrigados a ficar mais tempo.

 

 

 

 

 

29
Nov17

O mar voltou a afundar vidas, mas .... continua azul.

Eu

Começa o mau tempo e voltam as histórias de gente que perde a vida no mar. Desta vez foi na Figueira da Foz e há já dois mortos confirmados e duas pessoas dadas como desaparecidas. 

Esta história já é velha. Ano atrás de ano lá se vai ouvindo a mesma coisa, ora porque o mar estava mau, ora porque o barco era velho e não tinha condições, ora porque saíram para mar sem haver condições.

Já alguém parou para pensar nisto? Parece-me que não. 

Num país que tem o tamanho do nosso (mínimo) e que tem uma largura de costa do tamanho da que nós temos, não devia o mar ser uma preocupação e uma prioridade? Não deviam as gentes do mar estar na lista das prioridades dos governantes? Não devia haver mais fiscalização mas ao mesmo tempo, ou talvez ainda antes, mais incentivos, mais direitos, mais ajudas?

Devia! 

Mas já alguém se deu ao trabalho de ver quanto é que custa colocar um barco no mar  para sair para a pesca? Já alguém fez contas à quantidade de gente que é preciso para labutar no mar, e contra ele, e depois comparar esses resultados com a quantidade de peixe que trazem e ao preço a que o deixam na lota? 

(O preço a que o peixe chega ao consumidor, não tem os mesmo algarismos nem pouco mais ou menos, que o peixe que os pescadores deixam na lota.) 

Já alguém fez contas ao valor real que corresponderá ao salário de um pescador? 

E já alguém fez o raciocínio básico e elementar que é deduzir que, se para ter comer na mesa ao fim do dia é preciso sair para o mar, eles vão sair quer o mar esteja calmo ou irrequieto? Porque a necessidade a isso obriga! Porque o seu sustento e o sustento dos filhos depende daquela saída para o mar. E vão. E arriscam. E muitas vezes, acontece o que aconteceu hoje, Morrem.

E amanhã, ou talvez ainda hoje, aparecerão os responsáveis pela pasta das pescas a lamentar os mortos, virá o primeiro ministro apresentar as condolências às familias, aparecerá o presidente da republica a comentar o assunto ou, talvez, a participar nos velórios ou nos enterros e depois....tudo na mesma. O mar vai continuar azul, as férias serão passadas a olhar para ele, as sardinhas custarão 5€ a unidade nas festas populares e os pescadores continuarão a ter a mesma vida, os mesmos barcos e as mesmas necessidades. Ano após ano. 

 

Se Eu Mandasse Nisto....

....Quem manda tirava os olhos da terra e punha os olhos no mar. Porque é preciso garantir que a arte da pesca é feita em segurança. Porque os pescadores merecem e os consumidores também. 

 

 

28
Nov17

O melhor campo de golfe do mundo é nosso. Temos água para ele?

Eu

A notícia é de ontem, mas deixou-me a pensar. Temos, segundo o World Golf Awards 2017, o melhor novo campo de golfe do mundo. 

Não deixa de ser bom. Sermos os melhores do mundo em alguma coisa, seja ela qual for, não pode ser ignorado e é sempre motivo de orgulho e de mérito nacional, mas neste caso há um pequeno pormenor que me preocupa. Quanto nos custa, em água, este novo e melhor campo de golfe? Já agora, quanto nos custam, em água, todos os campos de golfe que temos espalhados pelo país, nomeadamente no algarve? 

Apetece-me perguntar se, numa altura em que temos as barragens a menos de meio e em que temos os caudais dos rios na miséria, temos água para continuar a suportar campos de golfe? Alguém faz ideia da quantidade de água diária que é necessária para manter um campo, nas condições em que ele tem de estar, para que possa ser chamado de campo de golfe? 

Então não seria hora de começar a poupança também por aí? 

É certo que algumas regiões vivem do turismo e (quase) para o turismo, mas em tempos de crise temos de olhar primeiro para os de cá, para os nossos, e neste momento temos a água em crise. Não me parece certo que andem camiões de bombeiros a transportar água daqui para li para, um bocadinho mais ao lado, haver meia dúzia de entidades a darem-se ao luxo de gastar como se houvesse um ribeiro sem fim. 

Pode ser o melhor do mundo, mas enquanto o S. Pedro não colaborar e não mandar chuva em quantidades visiveis para que os níveis das barragens voltem ao normal, não me parece que ter o melhor campo de golfe do mundo seja uma coisa assim tão boa. 

 

Se Eu Mandasse Nisto...

.... a poupança da água e o seu uso racional estendia-se ao país todo, sem fazer de uns filhos e de outros enteados. 

27
Nov17

Comer na cantina da escola...iac!

Eu

A qualidade da comida das cantinas escolares tem andado nas bocas do povo. De um lado estão as crianças e os jovens que se queixam da qualidade e da quantidade da comida que lhes é servida. Do outro, estão as empresas que são responsáveis por servir as refeições e estão os diretores das escolas, que deviam verificar essa qualidade e garantir que tudo estava nos conformes.

Só quem nunca comeu numa cantina escolar é que pode não perceber as queixas mas, tal como em tudo o resto, há cantinas e cantinas.

Se a cantina funcionar com empregadas contratadas pela escola, que se dedicam à nobre arte de cozinhar, essa cantina fará inveja a muitos restaurantes. Porque essas senhoras, normalmente, cozinham com alma e com a sabedoria que trazem das raízes familiares. Cozinham com prazer de cozinhar. Cozinham com gosto e querem apresentar bons resultados. 

Se a cantina tiver sido concessionada a uma empresa...iac...iac..iac... não há paixão pela arte, não há querer fazer, não há preocupação com aquilo que se serve. Na maioria das vezes a comida já chega às escola pré-cozinhada e depois é só dar meia volta no fogão para sair um cozinhado. Não é, definitivamente, boa. Os miúdos queixam-se e, se é verdade que algumas vezes a esquisitice abunda, também é verdade que muitas vezes têm razão. Aparecem as batatas mal cozidas, o arroz mal cozido, o puré de batata capaz de fazer inveja a muita argamassa, o peixe sem sal, a carne mal passada ou muito torrada......

 

Quase que me atrevo a dizer que a qualidade da comida pode ser aferida pelo número de professores que a come. Quantos professores comem na cantina da escola? Muitos, nas primeiras; Muito poucos ou nenhuns, nas segundas. 

E os diretores, verificam? Não! A grande maioria deles, deve chegar ao fim do dia sem saber, sequer, o que se comeu na cantina, quanto mais saber se estava bem ou mal cozinhado. (Aposto!)

 

Depois, aparecem os vídeos, aparecem as queixas, aparecem as desculpas de quem devia fazer bem e faz mal. E aparecem miúdos a almoçar porcarias na rua, a comerem pacotes gigantes de batatas frias e a beberem litros de ice-tea.

Se Eu Mandasse Nisto...

.... A comida nas escolas era entregue a cozinheiras a sério, daquelas que sabem a diferença entre a salsa e os coentros . 

 

 

26
Nov17

Dolce far niente

Eu

Tirei o domingo para isto, para fazer nada ou pouco mais que nada. Depois de semanas inteiras a correr, a lutar contra o relógio, em compasso de espera nas filas de trânsito, a cumprir um horário de trabalho apertadinho e com poucas pausas, um dia dedicado a fazer nenhum, vem mesmo a calhar, e sabe pela vida. 

Ter tempo para um café em sossego, ter tempo para ler um pedaço do livro que já anda há demasiado tempo a acompanhar-me mas que não sai do sitio, ter tempo para inventar um almoço com tudo o que me apetece e principalmente, poder fazer isto tudo sem ter de olhar para o relógio. 

E deixar que o sol alterne com a chuva sem preocupações. 

E deixar o tempo andar à velocidade que quer. 

E ignorar, pelo menos por hoje, o mundo à minha volta

 

Se Eu Mandasse Nisto...

...havia um dia destes, na vida de toda a gente, pelo menos uma vez por mês. 

 

 

24
Nov17

Em dia de Black Friday, decidi que ia ao comércio tradicional.

Eu

Ando, como provavelmente muita gente, há uns dias a receber mails e mensagens com anúncios das campanhas do Black Friday. Parece que todas as grandes marcas resolveram aderir à ideia e, umas mais outras menos, lá vão aparecendo promoções e descontos. Confesso que não me dei ao trabalho de comparar os preços antes e durante a campanha, mas as más línguas já me disseram que a diferença nem sempre se vê e que algumas marcas subiram os preços dois ou três dias antes para agora puderem baixar. Cá para mim, é igual.

Decidi, hoje, que vou fazer as minhas compras de Natal no comércio tradicional. Pode ser menos prático, pode dar mais trabalho, posso ter de procurar mais, posso ter de andar por mais ruas, mas isso também me dá algum gozo. E desta forma, em vez de contribuir para o enriquecimento de alguns (sempre os mesmos) estarei a contribuir para que uma família ganhe um bocadinho mais e talvez isso faça a diferença. 

Por isso, aceito sugestões:  lojas com coisas giras, curiosas, diferentes, interessantes e que não sejam mais do mesmo. 

 

Se Eu Mandasse Nisto...

.....Aumentava-se o horário de abertura das lojas de comercio tradicional e promovia-se um bocadinho mais este tipo de comércio. Os grandes não se iam importar e os pequenos agradeceriam. 

 

 

23
Nov17

A chuva veio muito cedo

Eu

Parece impossível. Parece que neste campo a tradição ainda é o que era. 

Andamos, há meses, a pedir chuva. Temos visto, em anos anteriores, que assim que caem as primeiras chuvadas as estradas inundam porque, na maioria das vezes, os tubos de esgoto não estão limpos. As sargetas estão entupidas com porcarias. Culpa do povo, que ainda não percebeu que o papel não é para atirar para o chão, que as pontas de cigarro não são para deixar cair da mão, que os pacotes de plástico não são para largar ao vento, mas.... 

Este ano, o S. Pedro resolveu que a chuva vinha mais tarde. Talvez na esperança de que, dando mais tempo, alguém se lembrasse de mandar as condutas de esgoto, as sargetas, as grelhas por onde a água devia escoar. Qual carapuça!

Caiu hoje a primeira chuvada mais a sério deste inverno e já a estradas têm água que chega às portas dos carros e, em alguns casos, bem mais acima. Não tarda e devem estar a chega as notícias de inundações de casas e lojas. 

Mas será que é difícil perceber, que há um conjunto de tarefas que devem ser feitas antes de chegar a chuva? Mas custa assim tanto perceber que se as sargetas não estiverem limpas não vão escoar água nenhuma? Mas será que é preciso fazer um desenho a esta gente? 

 

Se Eu Mandasse Nisto....

....os presidentes de câmara e de junta que não mandaram fazer o que deviam ter mandado, agora calçavam as galochas e punham mãos à obra, para ver se para a próxima se lembravam.

22
Nov17

As vitimas da pedofilia

Eu

Considero a pedofilia um crime nojento, condenável e não desculpável, quaisquer que sejam as circunstâncias. Se eu mandasse nisto, tinha para este tipo de criminosos, uma pena exemplar, da qual se lembrariam e fariam lembrar sempre, mas tal assunto não merece sequer uma linha, quanto mais um texto. 

As noticias de hoje deram conta de mais um caso de pedofilia (e muito por muito que me custe a entender, parece que a lista deste tipo de pessoas já é extensa). Desta vez as vitimas tinham entre 8 e 16 anos e segundo consta foram aliciadas através de uma rede social, foi-lhes pedido que enviassem fotos sem roupa e receberiam, também fotos do agressor, sem roupa. Ao que parece, acabou por haver contacto sexual com a maioria das vitimas. 

Tudo condenável e tudo inexplicável. Mas...

Olhando para as idades das vitimas há uma coisa que me chamou à atenção. Se aos 8 anos as crianças não medem as distâncias, se a imaturidade não lhes deixa perceber o que se está a passar, se a inocência as faz seguir por caminhos menos certos, aos 16 isso não se passa, e se passa, está errado. 

Aos 16 as meninas têm de saber a diferença entre certo e errado. Têm de conhecer limites. Têm de saber respeitar e saber dar-se ao respeito. Têm de saber que enviar fotos sem roupa, através de uma rede social, para alguém que conhecem mal ou não conhecem, ou para alguém que até conhecem mas com quem não têm (porque não têm idade para ter) um relacionamento sério, está errado. Têm de saber que receber fotos de gente sem roupa está errado. E se está errado, é preciso denunciar antes que o passo seja maior que a perna. 

O problema, é que parece que não sabem. (Basta ver as fotos de alguns perfis das redes sociais, para perceber que não sabem). E se não sabem, alguém está a falhar no seu dever. 

Estão a falhar os pais, que na maioria das vezes se demitem de funções, que não explicam o que é certo e errado, que não ajudam a formar consciências. Estão a falhar os professores, que muitas vezes permitem que fiquem nas aulas com um calções que pouco maiores são que umas cuecas e com uma blusa que pouco maior é que um soutien, sem lhes explicarem que para tudo há um mínimo. Está a falhar a sociedade, que não ensina que há um limite para tudo, mesmo quando vivemos num país livre e democrático. 

E quando há falhas destas, não se pode olhar só para um lado para resolver os problemas. 

 

Se Eu Mandasse Nisto....

.....os pedófilos tinham o tal castigo implacável, mas a sociedade voltava a ensinar valores que parece que se perderam. 

21
Nov17

Linha da denúncia - O Benfica no seu melhor

Eu

Quando pensava que já poucas coisas que me surpreenderiam e que no mundo do futebol já não havia mesmo nenhuma, surgiu esta ideia do Benfica de criar uma linha para denúncias de alegadas irregularidades. Uma linha telefónica (ainda não sei se de valor acrescentado ou não) para "as pessoas se sentirem à vontade" de denunciar e os dirigentes possam, depois, apresentar a queixa "às forças de segurança e às entidades judiciais".

É o cúmulo! É bater no fundo. 

Que espécie de desporto é este e com que profissionalismo é feito para que haja necessidade de criar uma linha para denúncias?

Se este é o desporto rei, então é rei de quê? 

Onde pára o desportivismo? 

Confesso que desta, não estava mesmo nada à espera e, honestamente, parece-me uma ideia tão, mas tão absurda, que até me custa a comentar. 

 

Se Eu Mandasse Nisto...

..... O futebol e as suas gentes, tinham aulas de bom senso. 

 

 

20
Nov17

Dia do Pijama - devia ser para os adultos

Eu

Chegou o dia de se trocarem as regras. Hoje é dia da pequenada vestir o pijama e sair de casa. À porta das escolas, principalmente das que têm crianças mais pequenas, havia meninos e professores de pijama e pijamas para todos os gostos.

Mas o dia do pijama devia ser mais do que vestir o pijama, calçar as pantufas e sair de casa. Devia ser um dia para que os pequeninos, mas principalmente os crescidos, pensassem no mundo à sua volta. Pensassem no outro. E vissem que o Dia do Pijama, coincidentemente, cai em cima do dia da Convenção Internacional dos Direitos da Criança. E pensassem que todas as crianças têm direitos e que um deles passa por crescer numa família. E soubessem que família é aquele conjunto de pessoas que dá colo, que dá amor e que se preocupa e que família não tem cor, não tem credo e não tem sexo. 

 

Se Eu Mandasse Nisto....

....o Dia do Pijama era para os crescidos. Porque as criança sabem, mas os adultos teimam em esquecer. 

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