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Se eu mandasse nisto

Se o mundo anda ao contrário, se as pessoas andam com as ideias trocadas, se as prioridades andam invertidas, se os deuses andam loucos, haja alguém para mandar nisto, por favor.

Se o mundo anda ao contrário, se as pessoas andam com as ideias trocadas, se as prioridades andam invertidas, se os deuses andam loucos, haja alguém para mandar nisto, por favor.

Se eu mandasse nisto

19
Nov17

Para pedir meio milhão é preciso dar mais que meio tostão.

Eu

Já há uns dias tinha lido uma noticia sobre o assunto, mas como ainda não me tinha preocupado a sério com ele, nem lhe dei o devido valor. Dizia a notícia que há apartamentos à venda na capital, com apenas um quarto e com uma etiqueta de preço a ultrapassar, em muito, os 200000€. 

Li e não fiz caso, mas ontem depois de andar há uns tempos a matutar na mudança de casa,decidi que era hora de começar a procurar um pouco mais a sério. Tirei a tarde e lá fui, na esperança de encontrar "a tal".  Nem procurei na cidade, porque já percebi que as casas até podem ser muito interessantes e combinar em tudo comigo, mas o preço está longe de fazer pandã com a minha conta bancária. Fiquei-me pela periferia. Casa aqui, casa ali, umas mais interessantes que outras, com preços mais ou menos interessantes. Mas a cereja no topo do bolo estava guardada para o fim. 

Uma casa simpática, com uma área razoável, mas em tudo semelhante ao que tinham andado a ver antes, com acabamentos nada de especial e com uma vista fabulosa. Preço? Meio milhão mais uns pozinhos. 

Mais de meio milhão por um apartamento na periferia e sem nada de especial a não ser a vista da janela? 

Mas está tudo doido? 

Uma casa que custa para cima de meio milhão tem de ter, obrigatóriamente,algumas características que a fazem especial, quando uma dessas características não é a localização. 

Vamos lá ver: 

Uma casa de Meio Milhão tem de ter garagem! Uma casa de Meio Milhão tem de ter quartos com uma área razoável. (11 metros quadrados não combinam com este preço!) Uma casa de Meio Milhão, não pode ter a cozinha ao lado dos quartos e a sala de jantar na outra ponta da casa! Uma casa de meio milhão tem de ter um frigorifico com mais de três prateleiras e tem de ter um congelador com mais de três gavetas. Uma casa de Meio Milhão, tem de ser energeticamente interessante e já tem de ter painéis solares ou outra coisa que o valha. Uma casa de Meio Milhão não pode ter um buraco esconso num dos quartos e ter um vendedor que diz que é o local ideal para guardar as malas de viagem! Uma casa de Meio Milhão não pode ter uma suite com um roupeiro só com duas portas. Uma casa de Meio Milhão não pode....

....porque vivemos num país onde o salário mínimo pouco passa dos 500€ e onde Meio Milhão é muito dinheiro. E para valer Meio Milhão e neste caso, Meio Milhão mais uns pozinhos, tem de ser mesmo muito especial. 

 

Se Eu Mandasse Nisto...

....ensinava-se às pessoas que para vender é preciso muito mais que pedir dinheiro. 

 

 

17
Nov17

Uma nova Terra? É melhor não pensarmos nisso.

Eu

Foi descoberto um planeta semelhante à Terra e que, ao que parece, reúne condições para a existência de viva. De vida como a que conhecemos, assim, igual à nossa. Chama-se Ross 128b e até podia ser o nosso plano b para o dia em que a Terra deixar de ser, definitivamente, habitável, mas o melhor é não pensarmos nisso. 

O Ross 128b, até pode ser um bom planeta, até pode ter condições para ter água e oxigénio da forma que temos aqui na Terra e que precisamos que exista, mas está tão longe que, por enquanto, se torna impossível pensar em dar-lhe alguma utilidade. 

Ao ler as noticias sobre o assunto fiquei com a ideia, e se calhar como eu, muita gente, que esta era uma descoberta fabulosa e que assim que a vida aqui na Terra complicasse, podíamos pegar mas malas e bagagens e rumar até lá. Errado. É preciso lembrar, que o dito planeta está a 11 anos-luz daqui e que isso significa que, na melhor das hipóteses que era conseguirmos viajar à velocidade da luz, ou seja a qualquer coisa como 300000 quilómetros por segundo, demoraríamos 11 anos a chegar até lá. 

Agora, se pensarmos que a Lua está a mais ou menos 340000 quilómetros e que a percentagem de pessoas que lá foi é mínima, que Marte está a pouco mais de 50 milhões de quilómetros e que ainda ninguém lá pôs o pé, viajar 11 anos-luz (cada ano-luz são mais ou menos 9640 mil milhões de quilómetros) é por agora, e creio que nos próximos anos, uma missão impossível. 

Por isso, o melhor que temos a fazer é aplaudir a descoberta, por isso mesmo, por ser uma descoberta e por nos trazer imagens bonitas do espaço e tratarmos de zelar pelo planeta que temos, porque a alternativa está muito, mas mesmo muito longe. 

 

Se Eu Mandasse Nisto...

....tratávamos da Terra como se ela fosse a nossa casa. (Não, não é isso que temos feito.) 

16
Nov17

A mulher morreu, os policias são arguidos e a história repete-se.

Eu

Tenho cá uma ideia que já vi um filme com o mesmo argumento deste e o final não foi nada interessante, nem nada do que eu gostava que tivesse sido. 

 

Um bando de marginais faz um assalto e foge. A policia atravessa a cidade em perseguição, mas pelo caminho perde o rasto dos tipos. Ali ao lado, uma outra patrulha da policia manda parar um carro com as mesmas caracteristicas do que estava a ser procurado. E o condutor não para!

E é aqui que está o ponto fulcral da cena. O condutor é mandado parar e não para! 

E não para porquê? Ao que parece porque não tinha licença de condução, mas fosse lá pelo motivo que fosse, o certo é que desobedeceu a uma ordem da polícia. E segundo consta, a policia ainda é uma autoridade. 

Desobedeceu, ponto final!

E a polícia tem de atuar, porque caso contrário, daqui para a frente corriamos o risco da decisão de parar ou não perante uma ordem da policia ser voluntária, e os policias passariam de agente da autoridade e agentes da palhaçada. 

Se havia necessidade de atuar aos tiros? Naquela situação quer-me parecer que sim, porque tudo indicava que o carro era aquele, porque não se sabia do que seriam capazes aqueles bandidos se continuassem e porque houve uma desobediência. Nos tempos em que vivemos, em que  criminalidade cresceu e se tornou mais perigosa, em que o terrorismo ataca e manda atacar e dá ideias, só pode ser assim. 

Quem não deve, não teme. 

Agora, que os policias tenham sido constituídos arguidos, não me espanta e até acho bem, porque é preciso apurar milimetricamente as circunstâncias. Mas, se se vier a verificar que a história está bem contada e que os disparos foram feitos nas condições em que estão a ser descritas espero, honestamente, que não se transformem em mais um Hugo Ernano. 

 

Se Eu Mandasse Nisto...

... estas leis eram revistas. Não se pode culpar quem se limita a cumprir a sua missão. 

15
Nov17

Os anuncios enciclopedia.

Eu

O mundo da publicidade está cada vez melhor e alguns anúncios são de tal forma bem feitos que me parece que o objetivos nem é tanto vender os produtos, mas sim, ensinar alguma coisa. São autênticas enciclopédias e se uma pessoa estiver bem atenta, farta-se de aprender coisas, quanto mais não seja, aprende uma lista de palavras díficieis capazes de impressionar até a  pessoa mais culta.  Senão vejamos...

 

Já há muito tempo que temos iogurtes sem L-casei immunitas e mais tarde até apssamos a ter uns que trazem bifidus e convenhamos, que tanto uns como outros têm logo outro sabor e dão logo outro estatuto. Uma coisa é comer um iogurte de morango, outra é comer um iogurte de morango com uma coisa destas. 

 

O anúncio do Mangustão é outra coisa de transcendente. Para além de ser bom para tudo e mais um par de botas, ainda diz que o tal sumo é rico em Xantonas e que estas (ou estes) ajudam a reduzir os radicais livres. Extraordinário. 

Se eu estivesse em casa, com dores de costas, com uma ferida por cicatrizar e num estado de debilidade, tudo o que eu desejaria era engolir um litro de Xantonas e ficar sem radicais livres. Melhor podia não ficar mas entre tomar um Brufen que toda sabe o que é ou tomar Xantonas, a segunda opção dava mais credibilidade à doença. 

Qualquer coisa do género " Hoje até já tomei Xantonas!"

 

A lista é muito grande, mas o anuncio que ouvi hoje foi mesmo a cereja no topo do bolo. 

Durante a manhã, enquanto cirandava pela casa, mantive a televisão ligada num daqueles programas da manhã. Conversas e mais conversas, convidados e mais convidados e eis que aparece um anúncio de frigideiras. Frigideiras fantásticas, que só fazem comida saudável, sem necessidade de usar gordura e sem ....espantem-se....PTFE. Uau! Pasmei! 

Ninguém explicou do que se tratava, nem o que era aquilo, mas ter uma frigideira sem PTFE (dito assim mesmo) parece-me qualquer coisa de fabuloso. Estou mesmo capaz de sair de casa em direção ao supermercado e procurar frigideiras sem PTFE. É que quero fritar um ovo para o jantar e seguramente que feito numa destas sairá, quase de certeza, um ovo gourmet. 

 

Se Eu Mandasse Nisto...

....Estes anuncios eram proibidos. Assim, sem mais nada. Porque quem sabe o que significam estes palavrões não precisa das explicações e quem não sabe, além de não ficar a saber, ainda é enganado pela falsa credibilidade.

14
Nov17

Entre um Panteão com jantares e um cemitério decrépito, sepultem-me no primeiro.

Eu

Continua e parece que está para durar, a saga das notícias a propósito do jantar no Panteão.

Hoje a novidade é que, depois de vasculhar um bocadinho, alguém descobriu que o nosso primeiro Ministro, que agora se mostrou indignado pela ousadia de fazer um jantar em tal sitio, ele mesmo, há uns anos, também lá organizou, autorizou ou mandou organizar um jantar. 

 

Confesso que já li, já pensei, e até já meditei sobre o assunto, mas não consigo ver o tão grande problema, que parece que toda a gente vê, no facto de ter havido um jantar no Panteão. 

Primeiro, não me parece que um jantar, uma festa ou uma comemoração sejam uma tão grande forma de desrespeito para com o local ou para com os mortos que por lá estão sepultados. Não vi imagens de ninguém a pular por cima dos túmulos nem a tirar selfies ao lado deles, e mesmo que o tivessem feito, não é nada que a maioria dos turistas não faça no túmulo do Oscar Wild, do Jim Morrison ou da Edith Piaf quando visita o cemitério Père Lachaise, em Paris. Qual é o problema? 

Segundo, não creio que algum dos mortos se tenha importado ou se tenha sentido melindrado. E mesmo no caso daqueles que ainda têm familiares vivos, não me consigo perceber onde é que a realização do tal jantar, possa ter ofendido a memória dos defuntos. 

Terceiro, se quem foi ao jantar não se sentiu incomodado, nem tinha que se sentir, porque é que há-de andar o mundo às voltas por causa do jantar. Até parece que não há nada mais importante para tratar neste país. 

Quarto, não creio que o Panteão seja o único monumento a ser utilzado para a realização de eventos. Não é! Então, continuo sem perceber o problema. 

 

Parece-me uma caça às bruxas. Vamos lá inventar um problema onde não o há e vamos lá arranjar assunto de conversa para mais uns dias.

 

Pois cá para mim, é assim, quando morrer quero que fique já o registo:  Mil vezes fazerem a minha sepultra num local onde há festas e jantares do que estar num daqueles cemitérios de aldeia, deixados ao abandono, onde só passa alguém nos dias de finados.

 

Se Eu Mandasse Nisto...

..... as pessoas preocupavam-se com o que realmente importa, com os vivos. 

13
Nov17

Maçãs a 0,05€. É pegar ou largar.

Eu

São muitas, mesmo muitas. Toneladas de maçãs que foram produzidas, que foram apanhadas e que estão a ser vendidas a 0,05€ o quilo. Parece estranho, mas não é. 

Na região oeste há produtores a vender maçãs a este preço, e em alguns casos já é preciso procurar por quem as compre. A maioria destas maçãs são posteriormente encaminhadas para as fábricas de sumo e são transformadas em néctares, em sumos, em frasquinhos de fruta triturada. O consumidor pagará muito mais do que os 0,05€, mas talvez não tenha (creio que não tem de certeza) a noção de que para chegar ao sumo, alguém teve de produzir, alguém teve de apanhar, de transportar até ao intermediário e no fim ganhou tão pouco quanto isto: 0,05€ por cada quilo. 5€ por cada 100 quilos. 50€ por cada tonelada. 

O dinheiro que ganham, não chega para nem de longe nem de perto, para pagar o trabalho da apanha, quanto mais para pagar pesticidas, adubos, mão de obra de um ano inteiro. Não chega, mesmo! 

Porque é que apanham? Porque não podem deixar na árvore, pois isso comprometeria a produção do ano seguinte. 

Porque é que não deitam para o chão e não deixam ficar? Porque são toneladas de maçãs, que ao aprodrecerem no chão iriam contaminar o solo e comprometer a produção do ano seguinte. 

Porque é que não vendem nos mercados? Porque há um tamanho abaixo do qual não é permitido que se venda. (Cá para mim, as maçãs mais pequenas são muito, mas muito mais saborosas que as maiores) 

Porque é que recorrem a intermediários para as levarem para as fábricas de sumo? Porque as fábricas fazem contratos com algumas pessoas (normalmente sempre as mesmas de uns anos para os outros) e só essas estão autorizadas a levar para lá fruta. 

 

E por tudo isto, sujeitam-se a trabalhar, a gastar, a pagar a quem apanhe e, no final, a perder dinheiro. E acredite-se ou não, 0,05€ até é um bom preço, porque daqui a umas semanas o preço desce até 0,02€ ou 0,01€ por quilo. 

 

E eu, que até podia comprar e comer algumas daquelas maçãs, não posso, porque não chegam ao mercado. Nem ao supermercado. Nem à loja do bairro. 

 

Se Eu Mandasse Nisto....

.....Quem faz as leis, tinha de passar uns dias no País real, para perceber o trabalho que dá cultivar e produzir e quem consome, teria de ser educado a comer "com boca" em vez de comer "com os olhos".  

 

11
Nov17

Quem passa por Alcobaça não passa sem se sujar.

Eu

Um passeio pela região oeste, uma paragem em Alcobaça, a cidade do amor e do mosteiro, e eis que me deparo com este triste cenário capaz de fazer D. Pedro I dar voltas no túmulo. Não é uma novidade a desgraça em que se tornou a frente do mosteiro mas agora, com a chuva, está pior que nunca. 

O que em tempos foi um jardim com árvores, canteiros de flores e bancos de madeira onde era possível sentar e ler um livro é hoje um terreiro de lama. Se no verão a argamassa está seca e até pode não chamar à atenção, agora que a humidade está a chegar e a chuva já deu um sinal de graça, para chegar ao mosteiro é preciso atravessar o lamaçal. 

Pé ante pé, lá vão os turistas, tentando não sujar demasiado os sapatos e lá vão as senhoras bem postas tentando não enterrar os saltos até ao limite. Não posso dizer que não se gerem algumas situações cómicas, com grupos inteiros de gente a fazer uma espécie de bailado para não sujar os pés, mas não me parece que seja isto que se pretende numa cidade e num mosteiro que se diz Património da Humanidade. 

Espera-se mais. Muito Mais. 

 

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Se Eu Mandasse Nisto....

....Tinha-se a coragem de assumir que a escolha foi uma péssima escolha e voltava-se à versão "jardim". 

 

10
Nov17

Legalização da prostituição. Para quando?

Eu

Existe à vista de todos. Há oferta e há procura. Movimenta gente e move dinheiro. O que é que falta, e que é preciso, para que se lhe dê um pouco de dignididade, e se transforme a mais antiga profissão do mundo, numa profissão de verdade? Com locais apropriados de trabalho, com higiene, com segurança, com rendimentos declarados, com impostos para pagar, com tudo a que tem direito. 

 

Dizem as notícias que o SEF fechou hoje "um dos mais antigos prostíbulos de Lisboa". Lá dentro encontraram umas quantas mulheres, algumas estrangeiras outras portuguesas, alguns clientes e as gerentes do negócio. Não se sabe em que condições estavam, quais eram as regras do negócio (quanto ganhavam e quanto davam a ganhar) nem quantas horas de trabalho faziam. Mas sabe-se que estavam lá, que a casa existia,que os anúncios correspondiam à verdade. 

Então, não podemos continuar a virar a cara, a fechar os olhos e a fingir que não existe. Basta folhear os classificados de alguns jornais, cruzar algumas (famosas) estradas, percorrer algumas ruas. Existe e existe à vista de toda a gente. E se existe, e se não se vai conseguir fazer com que deixe de existir, então porque não fazer o que deve ser feito: Legalizar. 

Porque quem o faz vai continuar a fazer mas de uma forma mais segura, mais limpa, com mais dignidade e com maior dever cívico e quem procura, vai continuar a procurar, mas com a garantia de que há controlo médico, de que há segurança, e de que há liberdade para o fazer. 

Algumas cidades europeias já o fizeram e, ao que me parece, tudo funciona bem. O Red Light District em Amsterdão é um bom exemplo de que é possível, de que é viável e de que não traz problemas de maior. 

Vai quem quer, quando quer, com quem quer. E assume-me que existe. 

 

Se Eu Mandasse Nisto...

.... era para já. Para que se evitem situações como a de hoje, para que não se esteja, ainda que de forma indireta, a contribuir para a clandestinidade. 

 

10
Nov17

Demito-me! Mandem eles.

Eu

Não sabia que era possível, mas se é, não precisam de mais ninguém a querer mandar no assunto. 

 

Leitão Amaro, deputado do PSD garantiu que, “foi pela lei anterior que a Legionella passou a ser totalmente proibida”.

 

Se eles são capazes de fazer uma lei que proiba tal coisa, que mandem eles. Nisso e em tudo. 

 

 

Se Eu Mandasse Nisto...

...Este senhor ia fazer um curso intensivo de Biologia. 

10
Nov17

Alimentar animais está certo. Deixar o comer na rua está errado.

Eu

Confesso que tenho alguma dificuldade em entender esta onda de preocupação e de necessidade de proteção dos animais, mas aceito. Não que eu ache que animais não devam ser bem tratados, que acho que sim, e até acho que devem ser protegidos, mas quer-me parecer que estamos a pisar o limite, a linha, que separa o certo de errado. 

 

Que os animais não devem passar fome, estamos de acordo. Que se lhes deve dar comer, também estou de acordo. Mas daí até achar certo que se espalhem pelas cidades, aqui e ali, caixinhas e sacos e latas com comer, já vai uma distância muito grande. 

Se querem alimentar os bichos, tudo bem. Que os levem para casa e lhes sirvam lá o repasto, ou se o fizerem na rua, que pelo menos no fim da dita refeição recolham as sobras e limpem, na medida do possível, "a mesa" onde  teve lugar o banquete. 

Não há paciência para virar a esquina e tropeçar na caixa de plástico com restos de arroz, nem para pôr os pés em cima dos espinfres que estavam no resto da sopa, que alguém resolveu deixar no passeio à espera que viesse o gatinho esfomeado. 

É uma questão de higiene. Andar a espalhar comer aqui e ali, à espera de alimentar gatos e cães e passarinhos esfomeados, não é certo. Muitas vezes os restos de comida acabam espalhados no passeio e ali ficam. Quem tem vontade de alimentar e de cuidar dos bichos tem de ter, no fim, vontade para limpar a porcaria que resultou da boa ação. 

 

Se Eu Mandasse Nisto...

... Quem suja era obrigado a limpar, mesmo que a porcaria resultasse de um ato benemérito. 

 

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