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Se eu mandasse nisto

Se o mundo anda ao contrário, se as pessoas andam com as ideias trocadas, se as prioridades andam invertidas, se os deuses andam loucos, haja alguém para mandar nisto, por favor.

Se o mundo anda ao contrário, se as pessoas andam com as ideias trocadas, se as prioridades andam invertidas, se os deuses andam loucos, haja alguém para mandar nisto, por favor.

Se eu mandasse nisto

31
Jan18

O tejo, a celulose e as vendas nos olhos

Eu

Parece que o assunto é novo, mas não é. 

 

Há coisas que me deixam à beira de um ataque de nervos e uma delas é fingir que não se vê o que há muito tempo anda a saltar à vista. S

A poluição no rio Tejo não é um assunto novo. Há anos que passa o mesmo. Há anos que há quem ande a tirar fotografias e a denunciar. Há anos que se sabe que são efetuadas descargas poluentes para o rio. Há anos! 

O mar de espuma que se criou um destes dias, foi apenas mais um, não foi o primeiro e, se não fizerem nada mais assertivo, não será o último seguramente. 

O que me irrita é que quem ouvir as pessoas que seriam responsáveis pelo ambiente, pela fiscalização, pela atuação e pela autuação neste tipo de situações, ouve um discurso que só dá ideia que estão a acordar agora. Não sabiam, não conheciam a situação, não tinham ouvido falar, não percebem o que se passa....

Parece-me que até querem passar a ideia de que são pessoas, efetivamente responsáveis e que, se tivessem sabido, teriam feito alguma coisa. Mas sabiam! E se não sabiam é porque não quiseram saber, porque isto acontece há muito tempo. E já se mostrou muitas vezes. E já se fizeram N denúncias.

Se não sabem, tinham obrigação de saber. Porque este não saber, só demonstra uma ignorância voluntária.

Mas há mais, teoricamente não sabem quem são os responsáveis, mas deram indicações e uma empresa para reduzir as emissões para o rio Tejo. Reduzir? Reduzir? Isto significa que pode fazer descargas, desde que em pouca quantidade? Mas está tudo doido?

Não é reduzir! É acabar de vez com as emissões para rio! O Tejo não é conduta de esgoto, será que não perceberam ainda? 

Esta coisa de quem manda andar e querer fazer com que os outros andem com vendas nos olhos, tem muito que se he diga.

 

Se Eu Mandasse Nisto...

....A empresa (as empresas) paravam as emissões, limpavam a espuma, porque assim o custo da limpeza está a sair do bolso de todos nós, e pagavam a real multa. E os responsáveis pelo pelouro do ambiente, demitiam-se, porque quem não vê o que está à frente dos olhos, não serve para estar à frente de nada. Não verá um centímetro mais longe. 

 

 

30
Jan18

Uma massagem é uma crise de nervos.

Eu

Numa conversa de café, cheguei à conclusão que sou uma espécie de bicho raro no que toca ao tema das massagens. Toda a gente acha que é bom, que relaxa, que descansa o corpo e a mente mas mim, a única coisa que faz é deixar-me à beira de um ataque de nervos. 

Fiz uma vez e jurei para nunca mais. 

O drama começou logo à entrada. Luzes baixinhas e velas acesas. Tenho dificuldade em adaptar os olhos ao lusco-fusco, parece que não vejo nada, que não tenho perceção das coisas, não consigo ver nitidamente. Começaram os nervos a fervilhar. 

Depois aquele sonzinho supostamente melodioso, mas que não me acalma nada, muito pelo contrário. Dei por mim num estado de ansiedade à espera que aquilo desenvolvesse. Apeteceu-me acelerar um bocadinho o plim plim plim. Parecia-me um disco na rotação errada. Uma crise!

Por fim começou a massagem propriamente dita e aí é que foi a gota de água. Não deu. Demasiado calmo, demasiado lento, demasiado mexe aqui e aperta ali. Nunca mais aquilo acabava e eu já não tinha mais nada em que pensar. 

(Já agora, quem gosta muito e faz isto frequentemente, no que é que pensam durante aquele tempo todo?)

Nesta única vez que me meti numa coisa destas dei por acabada a massagem antes do tempo. Não consegui nem mais um minuto ali, naquele "não anda nem desanda". 

E o chazinho do final? 

NEM PENSAR! Mais um bocado ali, a olhar para ontem? 

Acho que regressei ao carro em passo acelerado, talvez na ânsia de compensar a dormência a que me tinha sujeitado. 

Nunca mais. Convidem-me para o que quiserem, menos para ir fazer massagens. Que nervos.  

 

Se Eu Mandasse Nisto....

......havia sessões de massagens a vários ritmos, e em salas com luz, muita luz. 

 

 

 

29
Jan18

Como está a segurança nas escolas?

Eu

A morte, a tiro, de uma pessoa numa escola da Nazaré deve servir para se pensar ou repensar urgentemente na segurança nas escolas. 

Tão mau como haver que alguém que perdeu a vida é pensar que, ao que parece, a rixa ocorreu dentro do recinto da escola. Como é que é possível que alguém entre dentro do recinto de uma escola com uma arma branca e/ou com uma pistola? 

O certo é que entra. E o certo é que entra sem problemas. 

Neste caso o alvo foi o avô da criança, mas podia ter sido um colega, um professor, um funcionário ou, em casos mais dramáticos como alguns que nos chegam de outros países, um grupo de alunos ou uma turma inteira. 

Para quem ainda não percebeu, a entrada nas escolas tem de ser controlada. Não pode bastar chegar à portaria e dizer que vem falar com o filho, com neto, com o primo. Não pode bastar chegar à portaria e dizer que vai à secretaria ou falar com o diretor de turma. 

Tem de haver um controlo rigoroso das entradas. E tem de haver um controlo rigoroso depois das pessoas entrarem. Porque ir falar ao Diretor de turma ou à secretaria não significa ter um cartão de "livre transito" para circular pelar escola, para ir bater às portas das salas para tirar nabos da púcara a este ou aquele professor, para tirar satisfações com o colega do filho, para discutir com a funcionária que não deixou a criança fazer isto ou aquilo....

Algumas pessoas até podem dizer que deixam a identificação, que levam um documento para devolver assinado ou outra coisa qualquer semelhante (porque mais do que isto não deve haver), mas não chega. É preciso mais, muito mais. E é preciso mais, com urgência. Porque hoje, provavelmente, estes dois senhores também deixaram a identificação ou também levaram o papel, mas a verdade é que um deles levava, também, muito mais do que devia ser possível. 

As escolas são locais onde estão, diariamente, centenas de alunos, dezenas de professores e funcionários. Tem de garantir que a segurança desta gente toda está salvaguardada. Se não há funcionários que cheguem, que contratem mais. Se não há forma de controlar, que a arranjem. 

Que as trancas não sejam postas depois da porta arrombada. 

 

Se Eu Mandasse Nisto...

....Controlavam-se eficazmente as entradas e as movimentações dentro das escolas. Ninguém entrava sem deixar malas e sacos na portaria e sem ser acompanhado por um assistente operacional. (Podia começar por aqui). 

28
Jan18

Analisei um rótulo e assustei-me com a análise.

Eu

Deu-me para isto. Volta e meia dá-me para fazer coisas e para pensar em coisas que nunca me preocuparam e de repente, porque pensei no assunto, tornam-se um caso sério. 

Hoje, o jantar foi silencioso. Não havia motivo nenhum especial para ficarmos em silêncio mas a verdade é que ficamos e, acho que o silêncio e o vazio dos pensamentos, me fez parar a ler o rótulo do frasco de sumo que estava na mesa. 

Tal como fez o António Gedeão na sua Lágrima de Preta, olhei-o de um lado, do outro e de frente. Comecei por ler a lista de ingredientes e o sumo de fruta aparecia em primeiro lugar. Menos mal, se compramos um sumo de fruta, é suposto que tenhamos no frasco, sumo de fruta e não outras porcarias quaisquer. Depois água, depois açúcar, de depois outras coisitas.  Até aqui, sem surpresas. 

Mais abaixo, a indicação de que, no frasco, há pelo menos 50% de sumo de fruta. Menos mal, também. Se a matemática não me falha, significa que no litro de liquido que está no frasco, pelo menos meio litro são de sumo de fruta. 

Como o jantar ainda ia em silêncio e a cabeça ainda não estava a processar nada interessante, virei o frasco e continuei a leitura. 

Do outro lado, em jeito de infografia, está a informação de que, naquele frasco está o sumo de 5 pêssegos. Fez-se o clic. 

5 pêssegos? A menos que a minha "cultura agrícula" esteja em baixa, 5 pêssegos não dão meio litro de sumo. Então como é que ficamos, temos pelo menos meio litro de sumo, ou temos 5 pêssegos? 

Começou a preocupação. Algo não bate certo.

Cheirou-me a história mal contada, mas continuei a leitura do frasco. 

Já não sei se no mesmo lado, ou se num dos outros, a informação da quantidade de açúcar. Surpresa! Pensava eu, que por ser um sumo mais ou menos natural, a quantidade de açúcar era menor. Errado! 79g por cada litro. 79 gramas. 

Rápidamente a cabeça começou a processar. 79 gramas por litro, significa que um garrafão de 5 litros, tem quase 400 g de açúcar e que 1 kg de açúcar pouco mais dá que para 12 litros de sumo. 

É assustador. Isto não é beber sumo, é beber açúcar. 

Pergunto-me, se havia necessidade. Creio que não. 

Não bebi nem mais um bocadinho e, honestamente, fiquei com muito pouca vontade de o voltar a comprar. 

 

Se Eu Mandasse Nisto...

....a composição e a quantidade de açúcar das bebidas (e de outras coisas também) eram passadas a pente fino. E criavam-se limitem bem definidos, para que não andemos a comprar gato por lebre. 

25
Jan18

Porque é que Deus não me dá as coisas a mim?

Eu

Durante anos ouvi a minha mãe dizer esta frase. 

Sempre que eu estava doente, sempre que tinha uma dor, ainda que fosse pequena, sempre que me acontecia alguma coisa que me fizesse estar menos bem, a minha mãe não sei se por impaciência, se por impotência ou se apenas por fé, repetia esta frase vezes sem conta. 

Nunca lhe achei qualquer sentido. Muitas vezes questionei porque motivo alguém que estava bem, quereria ficar mal. Na minha ideia de criança a frase representava quase que uma espécie de maluquice da minha mãe. Nunca lhe disse nada. Se metia Deus ao barulho, o melhor era deixar que dissesse o que lhe apetecesse e rezar para voltar à normalidade. 

 

Nunca me fez sentido, até ao dia em que as doenças, as dores, as más disposições atacaram os meus filhos. Hoje, durante a tarde, enquanto esperava na urgência do hospital por uma consulta para o mais pequeno, enquanto tentava acalmar o seu mal estar, enquanto tentava que se distraísse e por momentos esquecesse o que o apoquentava,dei por mim, a dizer a frase que tantas vezes ouvi e que nunca tinha percebido. 

Porque é que Deus não me dá as coisas a mim? 

 

Se Eu Mandasse Nisto....

....Querer mandar em Deus, seja ele quem for, é muita presunção, mas se eu mandasse, nestas coisas, antes de dar aos filhos, ele dava aos pais. 

24
Jan18

A fibromialgia da Sónia.

Eu

A Sónia, dos The Gift, tem fibromialgia. 

E eu tenho gripe. E então? 

Eu não informei o mundo da minha condição porque não me pareceu importante, porque não interessa a ninguém, porque  não tenho de o fazer. E a Sónia também não. 

Curiosamente aquilo que torna a Sónia diferente é ser uma pessoa conhecida do público. É ser artista. E é só por esse motivo que ela deve dar explicações ao público, aos ouvintes e aos jornalistas. 

A vida pessoal desta Sónia, e das outras Sónias que andam por aí e que têm vida própria, só às próprias diz respeito. 

A Sónia, esta dos The Gift, respondeu à sua boa maneira, e respondeu muito bem. Não vejo grande preocupação da imprensa em divulgar os seus resultados de vendas, em divulgar os concertos, em divulgar os prémios que ganharam ou as vezes que foram reconhecidos. Porque raio lhes interessa tanto, agora, a fibromialgia da Sónia? Acho que consigo responder. Porque aquilo que alguma imprensa vende é a desgraça, o sensacionalismo, a vida alheia. 

A Sónia pode, se quiser, se achar que sim, "usar" a doença para ajudar outros. Para dar o exemplo. Para chamar à atenção. Pode, porque o seu estatuto de artista lhe permite e a ajuda a ter mais visibilidade. Pode, mas não é obrigada. 

Provavelmente a Sónia não vai ler este texto,mas se ler, fica a dica. No dia em que despentear o Herman José tire umas fotos e mande para as revistas, porque elas também vão querer saber como foi e pelo menos evita o incomodo dos telefonemas. 

 

Se Eu Mandasse Nisto....

.....Voltávamos um bocadinho ao tempo da censura. A liberdade de expressão termina quando interfere com a vida pessoal da pessoas. Se não entendem a bem tem de haver forma de os fazer entender, mesmo que seja a mal. (Ok, do you want something simple?)

 

 

 

23
Jan18

Pelo sim, pelo não, vou marcar uma consulta.

Eu

Acabo de ler uma notícia que dá conta que em algumas unidades de saúde o tempo de espera para uma consulta de especialidade pode chegar aos 4 anos. 4 anos? 

Mas como é que alguém que está doente pode esperar 4 anos por uma consulta? 

Para alguém que está doente, a espera é angustiante. Enquanto esperam por uma consulta as pessoas não têm, porque não podem ter, qualidade de vida. Porque o corpo sente. Porque a cabeça não para de pensar. Porque o estado de "menos Saúde" ocupa espaço na memória. 

Porque quem espera desespera!

E o estado devia e tinha a obrigação de corrigir estes tempos de espera. Porque a saúde é um direito básico. Se precisamos de mais médicos, que os contratem. Se precisamos de mais técnicos, que os contratem. Se o país não tem médicos que cheguem para as necessidades, que se abram mais vagas nos cursos de medicina.Que resolvam. O que não pode é continuar a haver tempos de espera de 4 anos (nem de 3, nem de 2 nem de 1 ano) para uma consulta. Em situação de doença, o tempo de espera tem de ser zero. 

Eu, pelo sim, pelo não, acho que vou marcar já uma consulta. É que tenho o azar de ficar doente em 2019, só lá para 2023 é que tenho consulta. Aplica-se o ditado, Mais vale prevenir que remediar. 

 

Se Eu Mandasse Nisto....

....O ministro da saúde, enquanto fosse ministro, era obrigadado a usar o SNS. Podia ser que assim visse o estado em que vai a saúde. 

 

 

 

22
Jan18

Nos meus orgãos mando eu.

Eu

No nosso país, a declaração para se ser dador de orgãos após a morte, está assinada à partida. A doação após a morte é regra no nosso país e faz com que estejamos no topo em matéria de doação e transplantes. 

Quer isto dizer que, quem optar por ir para a cova ou para o crematório com tudo o que é seu, tem de se inscrever no Registo Nacional de Não Dadores. Não são muitas, mas por ano há cerca de 50 pessoas que querem tudo o que é seu, mesmo depois de mortos. E assim é, levam tudo a que têm direito. É uma espécie de "é meu, meu, e só meu". 

Respeito, mas não percebo. A menos que acreditem com todas as forças que vão desta para melhor e que lá do outro lado, a coisa é tão boa que têm de levar as peças todas, não me faz qualquer sentido esta ideia de querer ir inteirinho.

Cá por mim, os meus orgãos são meus enquanto estiver por aqui. São meus, e só meus. Preciso deles todos e de preferência, todos a funcionar. Preciso deles enquanto a cabeça pensar, o cérebro funcionar e o coração bater. Depois, depois não me fazem falta nenhuma. Depois, podem fazer o que quiserem com eles. Aproveitem o que há para aproveitar e percam pouco tempo e gastem pouco dinheiro com o resto. 

Depois, se já acabou para mim, que pelo menos possa continuar para alguém. E entre ter um coração, uns rins ou outra peça qualquer a desfazer debaixo da terra ou transformada em cinza num forno prefiro, honestamente, pensar que uma parte fica cá a dar continuidade à vida. 

 

Se Eu Mandasse Nisto....

.....Desta vez, mandava que fosse assim mesmo. Respeito, mas não entendo.

 

 

 

21
Jan18

Fui ver os dinossauros, mas enganei-me.

Eu

Enganei-me porque pensava que estava quase no fim mas a exposição Dinossauros Alive vai continuar até Março. Não deixei para os últimos dias por nada de especial. Andei entre o vou, não vou, vou, não vou, uma série de tempo, até que acabei por me decidir pelo "vou". 

Enganei-me porque pensei que aquilo era um bocadinho mais espetacular, quanto mais não fosse, pelo preço dos bilhetes. (Convenhamos que 11€ por cada adulto e 8 € por cada criança com mais de três anos, não é uma coisa que fique barata se pensarmos numa família). 

Os bonecos até são giros. Se tivesse 8 ou 9 anos acho que acharia que eram mesmo fantásticos, mas a parte interessante fica por aí. 

Os cenários são pobres e pouco interessantes. Percebo que a exposição seja itinerante e que a tarefa de a mudar daqui para ali seja árdua, mas acho que se podiam ter esmerado um bocadinho mais.

Os cartazes informativos, tinham muita informação e demasiado condensada. Obrigavam a que, quem quisesse ler, ficasse parado e consequentemente a interromper "o trânsito" durante algum tempo. Neste tipo de eventos os cartazes têm de ser fáceis de ler, e fáceis de digerir. Ninguém vai a uma exposição para fazer um mestrado no tema, por isso, há que informar de forma simples e eficaz. 

O teatro foi a gota de água. Pessoas vestidas de dinossauros até podia ser uma brilhante ideia, mas saírem com os supostos bichos e correrem em direção às crianças foi a palermice levada ao limite. Isso e aproximarem-se em demasia das crianças mais pequenas. Miúdos a chorar, miúdos a gritar, miúdos com medo, miúdos escondidos atrás dos pais....É preciso bom senso. Realismo, mas não tanto, por favor.

Os mais pequenos que podiam ter aproveitado a experiência (afinal parece que o teatro era direcionado às crianças e não aos adultos) acabaram por ter uma experiência nada interessante e alguns chegaram mesmo a ter de abandonar a sala tal foi o medo que tiveram. 

A lojinha (nestas coisas há sempre uma lojinha) à saída foi outro fiasco. Meia dúzia de brinquedos, caros e nada interessantes. Então e o livro com a informação da exposição? Com, pelo menos, a muita informação que havia para ler? Não há. 

 

Uma pena. O sumo da exposição resume-me a quase nada. 

 

Se Eu Mandasse Nisto....

.....Quem pensa fazer uma coisa desta envergadura era obrigado a pensar e a analisar todos os pormenores. 

 

20
Jan18

Resolvi ficar igual.

Eu

A propósito de resoluções e das resoluções para este ano, dei por mim a pensar que nunca, em ano nenhum, entrei no novo ano com uma lista ou, como pelo menos uma coisa em mente no que diz respeito a resoluções. 

Nunca fumei, e portanto nunca resolvi deixar de fumar.

Dietas também não são o meu forte. Gosto de comer e gosto de tudo, mas mesmo tudo, o que dizem que engorda e que faz mal. Não vou sequer pensar em resolver alguma coisa neste âmbito. 

Desafios físicos, nem pensar. Não devo fazer ginástica ou uma coisa a que se possa dar esse nome, desde a última aula de Educação Física quando andava no liceu, e já lá vão alguns anos. Se resolvesse começar de novo, só se alguém criasse a micro-maratona, e acho que nem assim. 

Resolver conhecer o mundo, era uma boa ideia, mas infelizmente depende mais da minha carteira do que propriamente da minha vontade e em casos destes, pouco adianta resolver que sim ou que sopas. 

Resolver não trabalhar também me dava jeito, mas era preciso que alguém resolvesse, também, pagar-me o ordenado sem eu lá pôr os pés. Não acredito muito em coincidências, por isso, também não me parece. 

A coisa mais parecida com uma resolução de fim ano, ou de inicio de ano, que me passou pela cabeça, foi decidir que não iria deixar que me chateassem. Seria uma espécie de desintoxicação. Paz com todos e com o mundo. Ignorância pura.  

Pois, também ainda não foi desta, e ainda o ano vai em Janeiro. Não consigo. Juro que tentei mas não dá. Não vou à procura de chatices, mas elas passam à minha frente, e mesmo quando finjo não as ver, para ver se consigo continuar serenamente o dia, as palermices, as chatices, as idiotices, as pessoas não pensantes e mais uma série de coisas nesta lista, passam à minha frente e parece que decidem ficar a passear à volta. Até que, começo a morder o lábio, o sangue começa a ferver nas veias, os olhos começam a ficar pequenos e.... pronto. Estou há beira de um ataque de nervos. 

A minha lista de possíveis resoluções está inquinada. Talvez por isso, nunca me tenha ocupado os pensamentos por mais do que alguns minutos. 

Por isso, para já, o melhor mesmo é resolver que vou continuar assim, exatamente como sou, porque só desta forma tenho garantia de ser uma resolução cumprida. 

 

Se Eu Mandasse Nisto...

.... Cada um resolvia o que queria, como queria, mas de forma a não pisar a linha que separa a sua liberdade e o seu bem estar, da liberdade e do bem estar do outro.  

 

 

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