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Se eu mandasse nisto

Se o mundo anda ao contrário, se as pessoas andam com as ideias trocadas, se as prioridades andam invertidas, se os deuses andam loucos, haja alguém para mandar nisto, por favor.

Se o mundo anda ao contrário, se as pessoas andam com as ideias trocadas, se as prioridades andam invertidas, se os deuses andam loucos, haja alguém para mandar nisto, por favor.

Se eu mandasse nisto

31
Mar18

A Páscoa da minha infância

Eu

Agora a Páscoa é dos coelhos, dos ovos coloridos, das amêndoas e das flores, mas quando eu era criança pequena, a Páscoa era diferente, muito diferente. 

Dia de Páscoa era, invariavelmente, dia de vestir roupa nova e de calçar sapatos novos. A roupa não tinha a etiqueta da Zara ou de outra qualquer grande loja, mas tinha o cheiro da casa da costureira onde, nas semanas anteriores, já eu tinha passado muitas vezes para experimentar, para levar os botões, para entregar o tecido do forro. Os sapatos, também não eram Geox nem Timberland, eram uns quaisquer, talvez os mais baratos, comprados numa sapataria da vila. Nas primeiras vezes que os calçava, para além das dores no calcanhar (eram duros até dizer chega) tinha, ainda, de conviver com uma espécie de patins. A sola, dura e lisa, escorregava que se fartava. 

Em casa, sentia-se o chegar da Páscoa, uns dias antes dela estar marcada no calendário, quando começavam as limpezas. Desarrumava-se tudo, lavavam-se as paredes, desmontavam-se candeeiros, tiravam-se cortinas, um verdadeiro inferno para quem tinha 9 ou 10 anos e a brincadeira era mais importante que passar a tarde a lavar bibelots no lava loiça da cozinha. Depois de tudo lavado era hora de passar cera no chão. De gatas e com um pano na mão, a minha mãe lá ia tratando da madeira. Mais tarde, havia de ser hora de passar com a enceradora, uma maquineta com umas escovas rotativas, cuja função, acho que era deixar o chão mais brilhante.

Depois, ainda vinham as procissões à noite, com a vela de cera na mão, as horas passadas na via sacra, sem perceber muito bem o que era e o que significava e as intermináveis filas para a confissão. (Ainda gostava de saber, o que raio dizia eu ao padre. Que pecados teria?)

A Páscoa era um mundo e não terminava no Domingo. 

Depois desta azáfama, ainda faltava chegar o dia das Boas Festas,  um dia, marcado pelo padre, para andar de casa em casa. E nesse dia, era preciso apanhar flores para enfeitar o chão da rua até à entrada da porta, era preciso colocar as colchas na janela, e era preciso pôr a mesa com qualquer coisa, não fosse o prior ter fome. Acho que era o único dia do ano em que se abria a porta da frente da casa. E, que me lembre, o padre e os ajudantes, eram as únicas pessoas a subir a escada da varanda para entrar pela dita porta. (Nos outros dias, a porta nunca se abria e as entradas em casa eram feitas pela porta lateral da casa). Depois de salpicados com água benta, o padre deixava, no pratinho de onde tinha recolhido o dinheiro (sim, não sei porquê, mas dava-se dinheiro ao padre) umas quantas amêndoas. E só depois de terminado este ritual, e de fechada a porta até ao próximo ano é que se dava por terminada a Páscoa. 

Não havia chocolates, não se davam presentes, não se comia cabrito, não havia caça aos ovos, nem ovos coloridos, mas havia Páscoa. 

 

Se Eu Mandasse Nisto....

...as tradições não se perdiam e não se trocavam por modernices importadas não sei de onde. 

 

 

 

29
Mar18

Bolinha verde. Bolinha vermelha.

Eu

Pegar num computador, escrever meia dúzia de frases a dizer que sim, que os meninos se portaram mal e aquilo que fizeram não se faz e enviar. A empresa recebe, arquiva e fica resolvido. Fácil, fácil. 

Foi mais ou menos isto que fizeram à CELTEJO, depois das descargas poluentes que fizeram para tejo e que custaram aos bolsos dos portugueses alguns milhares. Sim, porque a limpeza foi feita, mas por enquanto, ainda não há noticias que digam que foi a CELTEJO a pagar. 

O que me admira, me espanta mesmo, e me causa alguma indignação é que neste caso, e em outros como este, os tribunais sejam tão compreensivos e tão bonzinhos. A multa que era de uns milhares de euros, acabou reduzida para metade e terminou numa folha de papel com um puxão de orelhas registado. 

Apetece-me perguntar se este tipo de medidas é só para a CELTEJO ou se vão ser extensíveis a todos os portugueses. Sim, porque o desgraçado que sai de casa atrasado para o trabalho e passa a 60 km/h num local onde o limite é 50 km/h é multado e tem de pagar a multa, ou será que daqui para frente os senhores agentes andarão munidos dos bloquinhos de recados para registarem, apenas, repreensões. Faz sentido, até porque o valor da multa é bem menor. 

(Atenção que para mim, infração é infração e quem não cumpre deve ser castigado. Mas todos de igual forma, por favor.) 

Se não decidirem fazer de uns filhos e de outros enteados, então proponho que, para simplificar e tornar o processo mais rápido, em vez do texto escrito, os senhores agentes passem a usar o sistema da bolinha verde ou bolinha vermelha, como fazem as educadoras de infância. Quem for dentro do limite, leva a bolinha verde. Quem ultrapassar, leva a bolinha vermelha. Mas se acharem que é pouco e que tem mesmo de ser por escrito, proponho que arranjem uns blocos já com o texto modelo escrito, uma coisa do género "completar espaços". Também não dá muito trabalho e se é para resolver e arquivar, serve. 

Fica a dica.

 

Se Eu Mandasse Nisto...

....esta gente não brincava assim. Limpavam, pagavam e perdiam a vontade de repetir a proeza. E já agora a pessoa que decidiu por este resultado, ia dar uma ajuda na limpeza. 

 

 

 

21
Mar18

E se a escola fosse só para ensinar?

Eu

Não falo nas de euro, porque essas ainda vão dando jeito, estou a falar nas notas (classificações) dadas, pelos professores, aos alunos, no final de cada período. 

Agora que as aulas estão a chegar ao fim começa a preocupação com as notas. Alunos de um lado, professores do outro. 

Os professores, porque têm de avaliar. E, embora haja quem ache que sim, a tarefa de avaliar não é nada fácil. São muitos papeis para preencher, são muitas tabelas para fazer, são muitos critérios para cumprir e depois, ainda falta a parte pior, que é ter de atribuir uma nota a um aluno que se sabia que podia dar muito mais, mas não deu, que se sabia que podia ter feito muito melhor, mas não fez. Às vezes, que se sabia que merecia mais, mas o "afunilamento" dos critérios, não deixa. 

Os alunos, porque sentem que o seu trabalho está reduzido a um número que nem sempre faz jus aquilo que envolve. Porque muitas vezes trabalharam muito, mas o teste (que leva sempre a fatia mais gorda nos critérios de avaliação) correu mal. Porque esperam, muitas vezes, que o professor faça o tal milagre que eles não conseguiram fazer durante as aulas. 

E ainda há os pais. Esses querem sempre ter o filho "quadro de mérito". Querem as boas notas. Querem o melhor. E esquecem-se muitas vezes de ver os progressos, as dificuldades, as evoluções, os problemas, as falhas e as faltas. E cobram! 

(Lembrei-me de uma coisa. Já algum pai, ou outro alguém, fez o exercício de pensar, como seria, se tivesse de estar sentado e atento durante uma aula de 135 minutos de Biologia? E se depois dessa aula, lhe dessem um intervalo de 15 minutos, para entrar novamente para mais 135 minutos, desta vez de Física e Química A? Imaginem....)

Para mim, o ideal era não haver notas. Havia avaliação dos alunos, havia uma resposta sobre a sua evolução e os aspetos a melhorar, mas acabavam-se, de vez, com as notas. Porque ninguém merece ver o seu trabalho, seja ele muito ou pouco, reduzido a um número. Não, quando se tem 11, 12 ou 15 anos. 

Nestas idades, é preciso ensinar a crescer. É preciso ensinar a fazer mais e melhor. É preciso evoluir e saber quando é que se pode evoluir e de que forma!

Os jovens precisam de saber identificar quando já chega e quando ainda é preciso fazer mais, mas só isso. Sem escalas e sem números. 

Os professores precisam de ter tempo para o que realmente interessa, que é ensinar e ensinar bem. Que é trabalhar por prazer e não por obrigação. 

 

Se Eu Mandasse Nisto....

..... Nem notas, nem testes, nem quadros de mérito. As escolas seriam locais para APRENDER, porque tanto os alunos como os professores sabem quem é capaz e quem não é, sem ser preciso reduzir tudo a uma folha de notas. 

 

 

 

 

20
Mar18

O desporto foi Rei. O melhor voltou a ser o Melhor.

Eu

A gala Quinas de Ouro, decorreu ontem, no pavilhão Carlos Lope, em Lisboa e destacou os melhores do futebol, futsal e futebol de praia. 

Numa noite em que o desporto foi rei, e foi rei da forma que deve ser, sem polémicas, sem denúncias, sem confusões nem complicações, destacaram-se equipas, treinadores e atletas.  E, nesta noite em que o desporto falou mais alto, o Ronaldo voltou a ser eleito o Jogador do Ano. E voltou a mostrar que é possível quando se quer. E voltou a mostrar que está num patamar muito alto. E voltou a mostrar, embora já não precise de o  fazer, que acredita nos valores que lhe passaram e que faz disso uma forma de estar na vida. 

E se é verdade que todos são dignos de méritos, e se é verdade que todos deram o seu melhor e que todos trabalharam muito para chegar onde chegaram, o Ronaldo voltou a mostrar, e a afirmar, que só com muito esforço e muita dedicação se chega onde ele chegou. 

 

Se Eu Mandasse Nisto..

...O nosso futebolzinho aprendia com esta gente. Desporto é isto, não são guerras e guerrinhas e polémicas e outras coisas que tais. 

19
Mar18

O meu pai não é o melhor do mundo.

Eu

Ele sabe que não é. 

Não sei se sabe, de cor, o dia do meu aniversário e, mesmo que saiba, não se lembra de certeza.  Não sabe, seguramente o meu número de telefone. Sabe chegar à minha casa, mas não sabe a minha morada. Não conhece as minhas comidas favoritas, não sabe que musica oiço, não faz ideia do que gosto e do que não gosto. 

Mas, preocupou-se o necessário.

Esteve sempre lá quando foi preciso.

Ajudou-me no que não sabia.

Deu-me, algumas vezes, o que não tinha.

Fez, muitas vezes, o que já não devia fazer e o que não podia fazer.

Trabalhou para garantir que não me faltava nada do que era essencial. Não me deu tudo, mas ensinou-me a trabalhar e a lutar para ir buscar o que faltava. 

Fez sempre o melhor que podia e que sabia.

Fez, e continua a fazer. E isso basta. Não preciso de mais, nunca precisei de mais. 

 

Se Eu Mandasse Nisto...

...os pais davam menos presentes e menos objetos e davam mais tempo, mais mimos e mais atenção. E isso, bastaria.  

 

15
Mar18

Vacinas? Sim! Sim! Sim!

Eu

Outra vez? 

Estamos outra vez às voltas com um surto de sarampo? 

Já há, outra vez, 7 doentes com sarampo e 34 à espera de haver confirmação. Quando é que será que as pessoas vão perceber a importância da vacinação? 

Durante muito tempo as pessoas morriam por falta de tratamentos, de medicamentos, de cuidados de saúde. Trabalhou-se, estudou-se, investigou-se e surgiram formas de travar algumas das doenças que eram, até então, mortais. Agora, por causa de uma qualquer ideia brilhante, de uma qualquer mente iluminada, voltou-se a andar para trás e a moda, agora, é não vacinar. 

O sarampo é uma doença grave. É suposto que as pessoas que podem levar a vacina que a levem, para que as que não a podem levar, fiquem igualmente protegidas. (Uma espécie de "efeito rebanho". Se num grupo grande existirem apenas um ou dois elementos por vacinar, estarão protegidos pela imunidade dos outros. Dificilmente um dos outros apanha o vírus e portanto, também dificilmente esses apanharão).  É suposto e devia ser uma obrigação. Porque o direito de escolha de uma pessoa termina, quando essa escolha interfere, diretamente, com a saúde dos outros. 

As vacinas são para levar? Sim! Sim! Sim! Todas, de preferência. 

Porque proteger a nossa saúde pode ser uma opção, mas proteger a saúde dos outros é obrigação. 

 

 

Se Eu Mandasse Nisto...

... fazia-se como antigamente. O enfermeiro ia à escola e, sem perguntar a opinião a  ninguém, vacinava. Os pais sabiam quando os filhos chegavam a casa. 

 

 

 

 

14
Mar18

Morreu o físico. Ficou um buraco negro.

Eu

Os génios também morrem. E Stephen Hawking morreu. 

Fica a memória de um homem que desafiou o cosmos, mas principalmente a vida. Que viveu com um cérebro genial preso num corpo que pouco tinha de interessante, mas que viveu bem e, segundo ele, feliz. 

E para lá do Universo, dos seus limites, da imensidão das galáxias ou dos milhares de estrelas, a grande mensagem que fica acho que é exatamente essa. É possível fazer, e fazer bem, e fazer muito bem, desde que se que se queira. Desde que haja vontade. Desde que se acredite que sim. E independentemente das limitações e das dificuldades, é possível chegar longe, muito longe. 

Stephen Hawking, descobriu a sua doença aos vinte e poucos anos. Viveu mais 50 anos do que aquilo que se julgava possível. Comunicava mesmo sem poder falar, recorrendo a um sintetizador de voz. Conseguia mexer os olhos e pouco mais, e nem por isso desistiu de viver ou de fazer ou de querer experimentar. 

A física perdeu, hoje, um dos seus grandes génios. Restam os muitos estudos que fez sobre o cosmos e sobre os buracos negros, que apesar de tudo continuam a ser um mistério, e as muitas mensagens que foi deixando. Agora é esperar que venha alguém com a mesma vontade, o mesmo interesse e a mesma dedicação. Porque o universo não para, continua a crescer e ainda não ha resposta para as perguntas. 

Quando Stephen Hawking ao divulgou a sua tese de doutoramento disse que o fazia para que as pessoas olhassem para as estrelas e deixassem de olhar para os pés. Acho que está na hora, de conscientemente, fazermos isso. 

Vamos lá olhar para as estrelas. 

 

Se Eu Mandasse Nisto...

....punha-se os olhos em gente como esta e aprendia-se. 

12
Mar18

O Nuno levou os caretas à Moda.

Eu

O evento "Moda Lisboa" passa-me um bocadinho ao lado. Nunca fui, não tenciono ir, não me diz grande coisa. 

Os desfiles, as roupas, os fotógrafos, as poses, a necessidade de estar e de aparecer de algumas figuras do "social" é uma coisa que me complica um bocadinho. A maioria das vezes, quer-me parecer que os grandes desfiles se dão fora da passerelle, tal é a excentricidade de algumas roupas e de algumas pessoas. As revistas destacam quem esteve a ver, com quem chegou, ao lado de quem se sentou, o que vestiu e esquecem-se que a notícia está do outro lado. Uma feira de vaidades ou, em alguns casos, uma feira de futilidades, mais do que propriamente um evento de divulgação do melhor que se faz por cá em termos de moda. Mas isto, claro está, é apenas e só a minha opinião. 

Mas este ano foi diferente. Desta vez, parei a ver as imagens de um dos desfiles. 

O Nuno Gama fez, do seu desfile, um espetáculo, e levou à moda o país real. Começou com os Caretos de Podence, terminou com o Homem do Leme, e pelo meio mostrou o que tinha a mostrar da sua obra. 

Achei que foi genial. Que esteve bem, e que ganhou o direito de ficar na memória. 

Porque o país é mais do que a etiqueta da roupa. Porque falar de moda e de cultura é também falar do país e mostrar o país. 

 

Se Eu Mandasse Nisto...

....Fazia-se da moda uma ferramenta e tirava-se da sociedade o melhor que ela nos pode dar. 

 

 

11
Mar18

Memórias das cheias.

Eu

Será que, depois da seca, vamos ter cheias?

Já diz o ditado que "não há fome que não dê em fartura". Assim estamos com a chuva. 

Ontem ao fim do dia, as populações das aldeias ribeirinhas já faziam contas à vida. Os rios já vão cheios e a água ameaça transbordar a qualquer momento. Em alguns locais já havia estradas cortadas. 

Pode ser chato e muito aborrecido para quem vive nestas zonas, mas tenho algumas boas memórias dos dias em que o Tejo galgava as margens e entrava pelas aldeias. 

Lembro-me de, criança pequena,  ouvir as sirenes dos bombeiros (acho que eram os bombeiros) a dar a  indicação de que a água ia subir.

Lembro-me das conversas dos adultos, na rua, a darem contas das horas a que barragem abriria novamente as comportas e haveria nova descarga.

Lembro-me de ir de mão dada com a minha avó, ver se a água estava a subir ou a descer, e de, espetar o pequeno pau no chão, ali onde a água estava a chegar, para servir de indicador da evolução da cheia. Passado algum tempo, voltávamos para ver. Se a água já o tivesse ultrapassado, eu achava piada, mas lembro-me que a minha avó nem por isso. Às vezes, quando a subida era mais do que o previsto, era preciso regressar a correr para tratar de mudar os animais de instalações ou colocar alguns pertences em zonas mais altas. Se a água tivesse "andado para trás" respirava-se momentaneamente de alívio. Talvez não fosse, ainda, este ano.

E lembro-me de não podermos regressar a casa, porque não se passava ao "dique dos 20" na Golegã e do sabor bom que tinham esses dias a mais em casa da avó. 

E lembro-me de, depois no regresso a casa, vir o tempo todo de olhos postos nas casas e nas árvores, para tentar perceber onde é que a água tinha chegado desta vez. 

E lembro-me da quantidade imensa de troncos de eucalipto, que à conta da subida da água fugiam da fábrica de celulose, e que ficavam espalhados pelos campos. 

E lembro-me estas imagens e destas histórias com alguma saudade. E confesso, de uma forma egoísta, que não em importava de ir novamente, com os meus filhos, espetar o pau no chão, para ver se água estava a subir ou a descer. 

 

Se Eu Mandasse Nisto...

....as memórias nunca se apagavam. Porque valem tanto e são tão boas. 

 

08
Mar18

Ser mulher é ser diferente.

Eu

Um dia inteiro a ouvir falar do dia da mulher.

Algumas, pelo menos, tiveram direito a flores, a chocolates, a palavras bonitas, a gestos simpáticos. Em alguns cafés, hoje, havia borlas para as mulheres e, quase por todo o lado, aqui ou ali, havia alguma coisa que nos fizesse pensar no dia da mulher. Nas redes sociais eram mais do que muitas frases, as imagens, as chamadas de atenção. 

Difícil seria não pensar no assunto e não pensar na luta das mulheres que esteve e está na origem e na continuação deste dia. 

Mas, também é importante pensar além disto. E importante que o dia sejam todos os dias. 

Parei para pensar.

Pensei e cheguei à conclusão que a primeira luta a travar, a luta que é essencial que se trave, não é pela igualdade, mas sim, pelo reconhecimento e pela aceitação da desigualdade. 

Homens e mulheres não são iguais. E esta diferença, que torna as mulheres (e também os homens) especiais deve ser entendida, aceite e respeitada.

Homens e mulheres são fisicamente diferentes e psicologicamente diferentes. Reagem de forma diferente. Têm modos diferentes de ver a vida. Gostam de coisas diferentes. Trabalham de forma diferente. Perante a mesma situação têm atitudes diferentes. Amam de forma diferente. Lutam de forma diferente. 

São diferentes, ponto final. E ainda bem que são diferentes. 

E é pela aceitação da diferença que deve ser a luta. E pelo respeito por esta diferença. E pelo reconhecimento de que, sendo diferentes podem, e fazem, a diferença. 

 

Se Eu Mandasse Nisto...

... lutava-se por esta diferença. Ser mulher é ser diferente. 

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