Precisa-se explicador: ministério da educação
Ainda a procissão vai no adro e já a confusão é mais que muita.
Os concursos de professores ainda estão agora no inicio e estão tão bem organizados, e pensados, e preparados, que desde que saiu o aviso de abertura (há meia dúzia de dias) já houve necessidade de haver esclarecimentos, já o primeiro ministro pediu opiniões e já anda tudo às voltas.
Isto para mim, tem uma explicação, ou melhor duas.
Primeira:
As regras mudam ao sabor do vento porque alguém quer favorecer, ultrapassar, ou outra coisa qualquer pouco clara, os restantes elementos da lista, e por isso mudam e tornam a mudar e o que hoje é amarelo, amanhã pode ser azul.
E no Ministério da Educação não percebem que assim criam confusão, lançam o caos e geram injustiças. Não percebem que não é certo. Não percebem que um concurso desta natureza, que implica com vida de milhares de pessoas (alunos, professores, famílias de alunos e de professores....) tem de ter regras bem definidas e conhecidas, tem de ser claro e transparente.
Segunda:
A confusão que se vive sempre nestes concursos está em grande parte ligada ao facto de colocarem gente à frente dos ministérios quem não percebe nada do que está a fazer.
Não se pode ser padeiro de não se sabe amassar o pão. Não se pode ser agricultor se não se sabe o que é uma enxada. Não se pode ser ministro da educação e governar escolas, e vidas de alunos, e professores, se não se souber como é que a coisa funciona. Se não se conhecer a realidade das escolas. Se não se perceber o trabalhos dos professores. Se a ultima vez que se esteve dentro de uma sala de aula foi enquanto era aluno.
E no Ministério da Educação não percebem que erros, problemas, dúvidas, textos pouco claros, esclarecimentos.....põe em causa o funcionamento do sistema. Não percebem porque não conhecem a realidade.
Mas para além disto há mais, muito mais.
Não percebem como são feitos os horários e como são preenchidos. (Nenhum professor do quadro está numa escola com horários de 6 ou 7 horas).
Não percebem como são feitas as colocações.
Não percebem que deixar concorrer em pé de igualdade quem esteve a trabalhar em colégios, para os quais entrou sem se saber como, e com que critérios, onde nunca esteve sujeito aos regimes de renovações (ou não) impostas pelo estado e quem se sujeitou a andar pelo país, quem teve de cumprir regras, quem se viu obrigado a andar a recolher comprovativos para poder concorrer a escolas TEIP (isto foi outra anedota que alguém iluminado se lembrou há uns anos)....é injusto.
Não percebem nada. E como não percebem, o melhor é que se lhes arranje um explicador, ou dois, ou três. A área não importa, porque eles não percebem nada de nada.
Se Eu Mandasse Nisto....
....Só tocava piano quem tinha dedos para isso.