Queremos laços, mas não queremos ficar atados.
Um relacionamento seja ele de que tipo for já é, por si só, uma coisa complexa. Implica gestão, partilha, cedência, tempo e paciência.
Um relacionamento que vai para além do trivial, do trabalho, dos amigos, é uma dor de cabeça e não é nada fácil de gerir.
Encontrar a cara metade, partilhar a casa, a vida, o espaço e as horas do dia, manter amigos, conhecidos e rotinas, tudo isto junto num pacote é uma enorme complicação. Uma coisa difícil de entender e de organizar.
O respeito pelo outro e por nós. O tempo que teima em não chegar para tudo e para todos. A atenção que tem de ser distribuída e que, ao mesmo tempo, não pode desaparecer da nossa vida e das nossas coisas. Tudo isto faz a cabeça andar à roda e provoca desequilíbrios.
Gerir uma relação é de uma complexidade capaz de fazer inveja à equação de Schoedinger.
Mas há um ponto fulcral e que pode ser a chave para o sucesso que é perceber, um lado e outro, que ninguém quer ficar preso, sem movimentos, sem poder de decisão, sem vontade. Anular o outro, querer mudar um bocadinho, querer controlar os passos, ainda que seja por motivos de preocupação ou de cuidado, nada disto é bom e nada faz resultar.
Queremos laços, mas não queremos ficar atados. Quando uma relação começa a "apertar" deixou de ser um laço e passou a ser a ser um nó e isso só significa que alguém, mais cedo ou mais tarde, vai ficar sufocado, vai começar a dar aos braços, vai querer fugir.
Se toda a gente percebesse isto, perdíamos menos tempo, tínhamos menos chatices e aproveitávamos muito mais.
Se Eu Mandasse Nisto...
.....Toda a gente percebia onde começa o TU, onde termina o EU. Assim, surgia o NÓS.