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Se eu mandasse nisto

Se o mundo anda ao contrário, se as pessoas andam com as ideias trocadas, se as prioridades andam invertidas, se os deuses andam loucos, haja alguém para mandar nisto, por favor.

Se o mundo anda ao contrário, se as pessoas andam com as ideias trocadas, se as prioridades andam invertidas, se os deuses andam loucos, haja alguém para mandar nisto, por favor.

Se eu mandasse nisto

12
Ago18

Algarve, Agosto e Sossego.

Eu

Pode parecer que estas três coisas não combinam. Justar o mês de Agosto com o Algarve significa, na maioria dos casos, gente e mais gente, filas de trânsito, restaurantes cheios e praias a abarrotar de chapéus, de toalhas, de gritos de crianças e de vendedores de bolas de Berlim. 

Mas, por estranho que possa parecer, ainda é possível encontrar, no Algarve e em Agosto, praias com pouca gente e sem grande confusão. É preciso fugir dos pacotes turísticos, é preciso, em alguns casos, passar por estradas de terra, e é preciso, às vezes, andar um pouco a pé. Mas é possível.

Em Faro, por exemplo, é possível. Ali na entrada da ilha, no desembocar da ponte, a praia é igual a todas as outras as outras, cheia de gente. Mas virando à esquerda e percorrendo a estrada até ao fim, vamos chegar a um "bairro" de casinhas que talvez já tenham sido de pescadores, mas que nesta altura estão transformadas em casas de férias. Estacionando o carro (que pode ser difícil nessa zona) é hora de dar corda aos sapatos e de percorrer o caminho em direção à Barrinha. Serão, talvez, uns 15 ou 20 minutos a andar, mas vale a pena o sacrifício. A vista é magnifica e à medida que nos afastamos das casas começa a reinar o silêncio e a praia vai ficando deserta. A probabilidade de encontrar mais do que duas ou três pessoas no final da ilha é bastante reduzida. A há praia, há sol e é Agosto no Algarve. 

Mudando de praia, e andando um pouco em direção a Vila Real de Santo António, pode-se apanhar o barco em Olhão e escolher uma das três ilhas ao largo. Armona, Culatra e Farol. No Farol a praia é mais concorrida, mas também é possível, ainda, encontrar algum sossego andando um pouco a pé. Nas outras duas ilhas, é mais fácil ter paz e é mais fácil encontrar o tal pedacinho sem gente à volta. 

Uma nova mudança e pouco mais à frente, já em Tavira, também ainda há praias sossegadas. Nas ilhotas ao lado da Ilha de Tavira (que é um inferno nesta altura) ainda há pouca gente. O acesso não é fácil mas quem consegue chegar consegue, também, um pedaço de céu só seu. E silêncio. 

A praia da Fábrica, mais à frente, também ainda é um exemplo do que se pode desejar numas férias de praia. Como o acesso à praia é feito por barco, nem toda a gente está disposta a isso, e pode ser uma vantagem. A água é tranquila, a praia sossegada e ainda é possível ouvir o silêncio. Também aqui, se estivermos dispostos a andar um pouco conseguimos, quase, não ver viva alma. 

Na outra metade do Sul, a que segue em direção a Sagres, deve ser ainda mais fácil conjugar Algarve e Verão. Não passo por lá há muitos anos, mas para os lados de Lagos, existiam praias sem gente. Talvez já não estejam assim, mas do que me lembro, eram mesmo sem gente. Sem presença humana. Sem alcatrão na estrada. Sem outros sons que não fossem o da rebentação das ondas. A água é mais fria mas, ainda assim, eram fabulosas. 

Algarve, Agosto e Sossego não tem de ser sinónimo de serra algarvia. Não tem de ser uma missão impossível. Não tem de ser uma dor de cabeça. Pode ser sinónimo de sol, areia e praia. É só preciso procurar um bocadinho e andar. 

 

Se Eu Mandasse Nisto....

.... o Mundo continuaria a ir para Quarteira, Armação de Pera, Albufeira, Portimão (....) e eu continuaria a ter praias sem gente no  Algarve, no mês de Agosto. (É egoísta, eu sei, mas uma praia sem gente sabe pela vida). 

 

03
Ago18

Nota negativa para os exames nacionais.

Eu

As notas da segunda fase dos exames nacionais saem hoje. Alguns milhares de alunos saberão hoje se continuam para o novo ano ou não. Se a candidatura à faculdade é possível ou não. Se o curso que querem está, ou não, ao seu alcance. 

Mas antes que apareçam os resultados e com eles as estatísticas , importa olhar para aquilo que foram os exames, ou pelo menos, alguns deles. 

Não os vi todos e muito menos os resolvi todos, até porque não o saberia fazer, mas os que vi levam-me a concluir que aquilo que o ministério pretende com estes exames não é verificar competências adquiridas ou não adquiridas, mas sim, criar um filtro que retenha alguns alunos. 

Os exames que vi, não sendo difíceis, eram trabalhosos. Chatos. Cansativos. Com perguntas sem sentido e sem justificação para ali estarem. 

E grandes. De tal forma grandes, que duvido que os professores os resolvam no tal 1/3 do tempo que é suposto. Impossível. 

Daí que não me espante que haja resultados medíocres, quando podiam ser bons. Para além do stress inerente à realização de um exame, a ser posto à prova, a saber que o seu futuro depende em grande parte daquelas 2 horas, os alunos tiveram de lidar, ainda, com o cansaço, com o esgotamento mental, com a corrida contra o relógio, com a falta de tempo para uma revisão.

E não havia necessidade nenhuma que isto fosse feito assim. Para avaliar um aluno não são precisos exames de 2.30h ou 3h, não são precisas tantas perguntas nem que elas sejam tão "rebuscadas". Estes exames filtram muito, mas avaliam muito pouco.

Quanto aos critérios de correção e de classificação, são outra aberração. Cotar com zero uma pergunta só porque no final, no finalzinho mesmo, o aluno não apresenta o resultado com 2 algarismos significativos, é palermice. É estupidez. É não estar a avaliar nada. É não fazer a mínima ideia do que é uma escola, de quais são as competências essenciais, do que é que se pretende. 

As notas que saírem hoje, não dizem nada e não são o reflexo de nada.(Ou serão de muito pouco e em muito poucos casos). 

 

Se Eu Mandasse Nisto...

....avaliava-se, antes de tudo, o ministro da educação, o ministério, os programas, os exames e as escolas e depois, os professores e os alunos. 

 

 

 

02
Ago18

Mudem os vidros ou as pessoas.

Eu

Aliás, mudem tudo. Porque com enganos destes, só posso concluir que está tudo mal. 

A Proteção civil enviou, ao que parece, porque eu não recebi nenhum, um sms aos cidadãos a informar o número que deveriam ligar em caso de fogo. Mas enganou-se no número, que supostamente era importante, e mandou que ligassem para uma empresa de substituição de vidros. 

Parece anedota, mas não é. 

O grave é que isto aconteceu num país onde há um ano, dezenas de pessoas perderam a vida por causa dos fogos. Num país onde muito boa gente ficou sem nada, por causa dos fogos. Num país onde todos os anos têm morrido bombeiros por causa dos fogos.

E acontece numa altura em que grande parte do país está em alerta máximo por causa do calor. 

Então e permite-se um erro destes? E se alguém precisasse mesmo, a sério, com urgência? 

Errar é humano, mas não pode ser para todos. Não nestes casos. Não nestas entidades. Porque o caso é demasiado sério para ser tratado com ligeireza. Porque a memória tem de estar bem viva. Porque com vidas e riscos, não se brinca. Não pode!

E esta gente a ver mal e anda a brincar com coisas sérias. 

 

Se Eu Mandasse Nisto...

... apuravam-se responsabilidades, porque a culpa não pode morrer solteira, e não é no fim da casa roubada que se põe trancas na porta. 

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