Comer na cantina da escola...iac!
A qualidade da comida das cantinas escolares tem andado nas bocas do povo. De um lado estão as crianças e os jovens que se queixam da qualidade e da quantidade da comida que lhes é servida. Do outro, estão as empresas que são responsáveis por servir as refeições e estão os diretores das escolas, que deviam verificar essa qualidade e garantir que tudo estava nos conformes.
Só quem nunca comeu numa cantina escolar é que pode não perceber as queixas mas, tal como em tudo o resto, há cantinas e cantinas.
Se a cantina funcionar com empregadas contratadas pela escola, que se dedicam à nobre arte de cozinhar, essa cantina fará inveja a muitos restaurantes. Porque essas senhoras, normalmente, cozinham com alma e com a sabedoria que trazem das raízes familiares. Cozinham com prazer de cozinhar. Cozinham com gosto e querem apresentar bons resultados.
Se a cantina tiver sido concessionada a uma empresa...iac...iac..iac... não há paixão pela arte, não há querer fazer, não há preocupação com aquilo que se serve. Na maioria das vezes a comida já chega às escola pré-cozinhada e depois é só dar meia volta no fogão para sair um cozinhado. Não é, definitivamente, boa. Os miúdos queixam-se e, se é verdade que algumas vezes a esquisitice abunda, também é verdade que muitas vezes têm razão. Aparecem as batatas mal cozidas, o arroz mal cozido, o puré de batata capaz de fazer inveja a muita argamassa, o peixe sem sal, a carne mal passada ou muito torrada......
Quase que me atrevo a dizer que a qualidade da comida pode ser aferida pelo número de professores que a come. Quantos professores comem na cantina da escola? Muitos, nas primeiras; Muito poucos ou nenhuns, nas segundas.
E os diretores, verificam? Não! A grande maioria deles, deve chegar ao fim do dia sem saber, sequer, o que se comeu na cantina, quanto mais saber se estava bem ou mal cozinhado. (Aposto!)
Depois, aparecem os vídeos, aparecem as queixas, aparecem as desculpas de quem devia fazer bem e faz mal. E aparecem miúdos a almoçar porcarias na rua, a comerem pacotes gigantes de batatas frias e a beberem litros de ice-tea.
Se Eu Mandasse Nisto...
.... A comida nas escolas era entregue a cozinheiras a sério, daquelas que sabem a diferença entre a salsa e os coentros .