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Se eu mandasse nisto

Se o mundo anda ao contrário, se as pessoas andam com as ideias trocadas, se as prioridades andam invertidas, se os deuses andam loucos, haja alguém para mandar nisto, por favor.

Se o mundo anda ao contrário, se as pessoas andam com as ideias trocadas, se as prioridades andam invertidas, se os deuses andam loucos, haja alguém para mandar nisto, por favor.

Se eu mandasse nisto

22
Mai18

(Des)orientações escolares.

Eu

Foram publicadas as orientações do ministério da educação para o próximo ano letivo. Aparentemente está tudo organizado e, até parece, que tudo pensado, mas a verdade é que uma análise ao documento mostra que se está, novamente, a insistir em coisas que já se viu que não funcionam. 

Provas de Aferição - São um desperdício de tempo e de recursos. Veja-se o que se está a passar, este ano, com as provas de Educação Visual e Educação Física ou o que aconteceu o ano passado com as de Física e Química e de Ciências.  Não servem para nada, não avaliam nada e não dão qualquer informação válida para a formação dos alunos. A partir do momento em que os alunos sabem que aquelas provas não terão qualquer impacto na sua avaliação ou na sua progressão, não lhes dedicam o mínimo de tempo. Não se esforçam um bocadinho. Não querem saber se o resultado é bom, mau ou pouco mais ou menos. 

Este ano, a construção do robô que chega às nuvens e que coça os pés é, no mínimo, anedótica. Pretendem avaliar o quê? Vai servir para concluir o quê? Vai mostrar o quê? O que ficam os professores de Educação Visual a saber sobre os seus alunos? Que alterações isto vai provocar na sua forma de ensinar? 

Vamos continuar a insistir nisto? Vamos continuar a perder tempo e a gastar recursos, para depois a montanha parir um rato? 

Calendário escolar - Outra asneira. Continuam a fazer a divisão  das épocas de avaliação escolar ao sabor das festas religiosas. O primeiro período até ao Natal, o segundo até à Páscoa e depois, porque o tempo não estica e entra-se em maré de exames, fica o terceiro período com cinco ou seis semanas de aulas. Já alguém se deu ao trabalho de analisar e ver que, com este calendário, algumas disciplinas terão, no terceiro período, pouco mais de meia dúzia de aulas, e isto, se não houver um feriado, uma greve, uma doença do professor? Já alguém pensou no rendimento que se tira, no que se consegue fazer, no trabalho que se consegue desenvolver em meia dúzia de aulas? Nenhum! Nada! Zero!

Ainda ninguém percebeu que a divisão do ano escolar não pode ser feita desta maneira? Há várias hipóteses para melhorar. Dividir o ano em semestres. Dividir o ano escolar em três períodos, iguais, independentemente do calendário religioso. Ou então,     alterar o regime de avaliação, porque não há necessidade de atribuir notas (números) às crianças no Natal, na Páscoa para cinco ou seis semanas depois, se voltar a fazer o mesmo. 

Se querem melhorar os resultados, se querem formar melhor os alunos, se querem que a transmissão de conhecimentos seja feita de forma mais eficaz, é preciso alterar a forma de estar. As orientações da tutela não podem um copy/paste do que se tem feito sem analisar os resultados. É preciso ver se resulta, se faz sentido, se justifica e, se alguma destas respostas for negativa, é preciso mudar. 

Simples, não? 

 

Se Eu Mandasse Nisto....

.... Antes de escreverem orientações, as gentes do Ministério da Educação iam passar um ano letivo a trabalhar numa escola. 

 

 

 

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