Namorar é mais do que encher o dia de corações.
Hoje é dia de namorar.
Hoje, e todos os dias. Porque existirão muito poucas coisas tão boas como namorar.
Mas, não podemos esquecer que namorar é muito mais do que um dia do calendário, do que corações vermelhos, do que ramos de rosas encarnadas, do que peluches e almofadinhas, pirosas, mas que ainda assim há quem compre.
Namorar é, e tem de ser, acima de tudo, respeitar muito o outro, e não deixa de ser preocupante que haja uma percentagem grande de jovens e adolescentes, que ache normal e até aceitável a violência no namoro.
Não é normal. Não é aceitável. Não é desculpável. Não vai passar com o tempo. E não se pode esquecer no dia 14 de Fevereiro, nem se apaga com uma caixa de chocolates em forma de coração.
Namorar tem de ser aceitar o outro exatamente como ele é. Sem querer mudar a sua forma de vestir, sem querer mudar os seus hábitos, sem querer mudar as suas amizades, sem querer mudar os seus gostos. Porque, quando se gosta de alguém, gosta-se de tudo, com tudo o que isso implica. Com qualidades e com defeitos.
Mas, quando se tenta mudar o outro (para ficar mais ao nosso jeito) significa que, afinal, não gostamos daquela pessoa. Gostamos de uma, que talvez nem exista, que é muito parecida com aquela, mas que não é aquela. Tem outras características, veste de outra forma, faz outras coisas, tem outros amigos. E quando se percebe isso, é hora de sair de cena e partir para outra. Sem problemas, sem discussões, sem violência, sem stress.
Namorar é uma coisa deliciosamente boa, quando é com a pessoa certa. É partilhar espaços, momentos, histórias. É falar sem ser preciso emitir sons. É saber o que o outro quer, mesmo quando ele não diz. É sentir que o tempo pára ou que então anda à velocidade da luz. É querer a mão, o braço, o outro. É saber que o outro está sempre, mas sempre lá e que vai estar sempre e para sempre.
Se Eu Mandasse Nisto....
....Namorava-se muito, muito mais e muito melhor.