O hábito não faz o monge e a coroa não faz a Rainha.
D. Letícia de Espanha ilustrou bem, ou mal, dependendo do ponto de vista, a frase que há muito tempo anda nas bocas do povo: O hábito não faz o monge.
A reação da rainha à saída da missa de Páscoa, e que desde esse dia tem feito correr muita tinta, só veio mostrar que uma coisa é ser rainha e outra, bem distinta, é ter "sangue azul". A plebeia que se tornou rainha até pode ter coroa e até pode viver no palácio, mas mostrou que não é rainha. Mostrou que não sabe estar e não sabe fazer. Mostrou que não nutre qualquer respeito pela sogra, que por acaso lhe cedeu o trono e que, por acaso também, é mãe do seu marido e avó das suas filhas. Mostrou que rapidamente desce do trono e se torna tão vulgar como outra qualquer igual a ela.
A princesa que é filha da rainha, não esteve melhor. Vive no palácio, frequenta um dos melhores colégios, aprendeu desde bebé a acenar com a mãozinha, mas mostrou, também, que não é por ser filha de reis que se é melhor. A princesinha influenciada pela atitude da mãe, ou não, perdeu a compostura e acabou a fazer figura de menina malcriada quando, por mais do que uma vez, tirou a mão da avó que a segurava.
Se dúvidas existissem, teriam terminado nesta altura. Os títulos, as posições, os graus, as coroas e outras coisas que tais, não fazem as pessoas. Um doutor não será melhor que um analfabeto se não tiver predisposição para o ser. Um general não será melhor que um soldado raso se não mostrar, em atitudes, que o é. E uma rainha não deixará de ser plebeia se não souber subir para o trono e reinar, use ela as coroas que usar.
Se Eu Mandasse Nisto...
.... Alguns doutores, punham os olhos nisto e viam que é preciso muito mais para chegar ao topo.