O Natal, os consumo e o preço dos brinquedos
Começa a cheirar a Natal, ou devia começar, porque o tempo ainda faz lembrar mais o Verão do que o Natal, e começa a velha história das compras e dos presentes.
Até gosto de receber presentes, e até gosto de gastar algum do meu tempo à procura do presente ideal para aquela meia dúzia de pessoas que me é mais próxima, mas para tudo há, ou devia haver, um limite.
Acaba de chegar ao meu mail o catálogo do Natal de uma loja de brinquedos. Até aqui tudo normal. Abro o dito catálogo e a primeira coisa que me salta à vista, não são os brinquedos. São os preços dos brinquedos!
Num catálogo inteiro, são muito poucos os brinquedos a menos de 20€, encontram-se muitos a rondar os 40/50€ e vários a ultrapassar os 100€.
100€ por um brinquedo?
Por um monte de plástico, que na maioria dos casos não tem interesse nenhum a não ser o facto de ser da familia de algum dos super heróis da moda?
100€ por uma coisa que não chega a ter as caracteristicas necessárias para desenvolver alguma competência nas crianças?
Mas está tudo doido?
100€ é quase um quinto do salário minímo nacional!
Não devia ser permitido. Não me parece correto. Não acho que se deva oferecer às crianças o brinquedo deste preço, porque é exatamente isso, um brinquedo.
Mas eles pedem? Pois pedem, mas cabe aos pais e às pessoas que estão próximas explicar-lhes que 100€ é muito dinheiro. Que dá para comprar muitas coisas. Que chega para fazer coisas muito divertidas. Que pode servir para fins muito melhores e muito mais interessantes.
O valor do dinheiro ensina-se desde pequeno, ou devia ensinar-se.
Se Eu Mandasse Nisto...
.... Criava uma escola de familias, onde os pais e tios e primos e avós iriam aprender que uma tarde no parque, um passeio de domingo ou fim de dia dedicado à brincadeira são muito mais baratos e valem muito mais do que qualquer brinquedo de 100€.