Quem não faz greve, que cumpra o horário de trabalho.
Se fazer greve é um direito, não fazer greve também o é. Até aqui, nada a assinalar.
Mas o que fazem as pessoas que optaram por não fazer greve e que, ao chegarem ao local de trabalho, encontram o serviço encerrado por não haver condições (número mínimo de funcionários) para que esteja em funcionamento?
Em alguns locais, assinam a folha de presença de dão meia volta. Noutros, picam o ponto e dão meia volta. Em alguns, ficam apenas durante um bocadinho, para garantir que a pessoa responsável pela marcação das faltas o vê e não se engana na hora de marcar a cruz vermelha. E noutros, raros, os chefes chamam o pessoal à razão e mandam cumprir, na integra, o horário de trabalho.
A fazer o quê, se o serviço está fechado?
A fazer o que se quiser fazer. A avançar no trabalho que está pendende. A resolver problemas que andam pendurados há meses. A organizar o que está desorganizado.
Porque se quem não faz greve tem o direito de não a fazer tem, também, a obrigação de cumprir o seu dia de trabalho.
Se Eu Mandasse Nisto....
..... ninguém tirava partido da greve dos outros. Estavam em greve ou estavam de serviço, e se estivessem de serviço, cumpriam o horário.