Quando um título não é tudo na vida.
A campeã mundial de rápidas e semi rápidas de xadrez perdeu o título, mas ganhou a minha admiração. Bem sei que não é a mesma coisa, que não tem a mesma importância e nem o mesmo valor, mas tiro-lhe, definitivamente, o chapéu e ainda lhe faço uma vénia.
Por ter tido a coragem e a ousadia de não ir. Por se recusar a ser tratada como coisa menor. Por não deixar que lhe imponham regras absurdas. Por mostrar ao mundo que o desporto não deve, nem pode, estar submisso a ideias culturais ou religiosas.
E também porque ser mulher e ir competir num país onde as mulheres não são respeitadas era descer a um patamar muito baixo e ela percebeu isso. Percebeu e teve a coragem de não ir.
Gostava que mais mulheres tivessem tido a mesma coragem, que não tivessem ido, que não deixassem ser empurradas para o degrau de baixo. Porque o mundo precisa de mulheres assim, para que outras mulheres possam ser o que estas são.
Seguramente que acordará com menos um ou dois títulos, com menos medalhas, com menos dinheiro, mas de cabeça muito mais erguida. E é isso que importa, porque o resto não dura sempre.
Se Eu Mandasse Nisto....
.....perdia o título do xadrez, mas ganhava um outro pelo exemplo que deu.